Mesmo tendo colaborado em duas canções juntos, uma decisão destruiu a amizade entre o ex-beatle e o Rei do Pop
Uma das maiores colaborações da indústria musical e da década de 1980 foi entre o ex-beatle, Paul McCartney, e o Rei do Pop, Michael Jackson. No começo, os artistas se admiravam e protagonizaram uma famosa amizade entre músicos. No entanto, eles enfrentaram um declínio que destruiu de vez a relação.
Tudo começou em 1982, quando Jackson estava trabalhando em seu álbum Thriller, um dos mais importantes da História. O americano convidou o integrante do Beatles para se juntar a ele em uma das canções, intitulada The Girl Is Mine.
A música, composta por Michael, foi lançada como o primeiro single do renomado trabalho, e fez um enorme sucesso em 1982. Entretanto, mal eles sabiam que, no ano seguinte, uma canção de ambos seria ainda mais bem recebida.
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Dessa vez parte do álbum de McCartney, Pipes of Peace, a colaboração teve como resultado a música Say, say, say, lançada em 1983. Com um videoclipe marcante, a composição se tornou um hit e tocou incansavelmente durante o ano.
A relação profissional logo se estendeu também para os bastidores: Michael e Paul se tornaram amigos próximos. Dividindo confidencias sobre o peso da fama e interesses em comum, um assunto foi crucial para o distanciamento dos artistas nos anos seguintes.
Amizade destruída
Foto: Reprodução
Em uma de suas frequentes conversas, Paul deu conselhos para Michael sobre ter os direitos autorais sobre suas próprias músicas e como isso era importante para a carreira de um astro de sucesso, além de ser uma forma de alimentar a fortuna.
Aplicando na prática o hábito do amigo, Michael tomou a decisão que mudou para sempre sua relação com McCartney. Quando a coleção de composições Lennon-McCartney foi a leilão, em 1985, Jackson comprou o catálogo por uma quantia de 47,5 milhões de dólares. As criações de uma das maiores bandas que já existiram faziam parte da empresa ATV, adquirida pelo Rei do Pop na época.
Ele passou a possuir, então, todas as músicas que os Beatles tinham escrito até sua separação, em 1970. Paul ficou furioso, tentou contatar Michael para falar sobre o movimento que descreveu, mais tarde, como “desonesto”.
O intérprete de Thriller, por outro lado, estava inflexível. Depois de receber algumas cartas de Paul, respondeu dizendo que eram “apenas negócios”. Após isso, a relação deles não foi mais a mesma. McCartney precisava pagar — como faz até hoje com algumas músicas — para apresentar canções que ele próprio escreveu, e nunca aceitou o fato de Jackson lucrar com seu trabalho.
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“A única razão para Michael comprar o catálogo era porque estava à venda. Paul McCartney e Yoko poderiam ter comprado, mas não quiseram”, afirmou Joe Jackson tempos depois. Dez anos mais tarde, ele abriu mão de 50% do catálogo, que foi comprado pela Sony, e Paul conseguiu recuperar parte de seu legado.
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