28 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
15/04/2022

Saúde mental da população mundial continua em declínio, aponta estudo

Foto: Reprodução

Saúde mental

Em 2020, a saúde mental da população mundial teve uma queda significativa. E em 2021, apesar de menos drasticamente quanto no ano anterior, ela continuou a diminuir. Essas informações foram constatadas pelo 2º Relatório Anual do Estado Mental do Mundo (MSW), pesquisado pelo Sapien Labs. As informações são do “IFL Science”.

 

Em 2020, impulsionado principalmente pela pandemia de covid-19, o estudo registrou uma queda de 8% na saúde mental e no bem-estar médios entre os participantes.

 

Em 2021, o declínio manteve-se em 3%. Esses índices foram, novamente, influenciados por medidas sanitárias, como o lockdown e o distanciamento social. Além disso, o relatório também encontrou uma correlação direcional entre o declínio da saúde mental e as mortes e casos de covid-19.

 

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Online e anônima, a pesquisa utilizou o Quociente de Saúde Mental (MHQ) para mensurar os resultados de 223 mil pessoas de 34 países, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2021.

 

Governos e a pandemia

 

Durante a pesquisa, muitos dos entrevistados argumentaram que as mensagens pouco claras de seus governos locais sobre a doença, a falta de apoio aos indivíduos e o foco em salvar a economia — e não as pessoas — foram grandes erros no gerenciamento da pandemia.

 

Os índices do relatório apontaram que o sucesso econômico de um país parece ser negativamente proporcional ao índice de saúde mental. Os dados sugerem que quando os sistemas econômicos funcionam, eles promovem a desigualdade e incentivam a exploração, criando piores resultados de saúde mental para a população em geral.

 

Quem luta com a saúde mental

 

Os piores resultados de saúde mental foram na Anglosfera Central (EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia) e na África do Sul, enquanto as pesquisas da América Latina e dos países da Europa Continental tiveram o melhor bem-estar mental geral.

 

Quando se trata de idade, a geração mais jovem parece ser a mais afetada pelo declínio. Apenas 7% das pessoas com 65 anos ou mais têm problemas de saúde mental, em comparação com 44% dos jovens. Apenas 19% dos jovens de 18 a 24 anos tiveram pontuações de bem-estar mental “prósperas” ou “bem-sucedidas”.

 

Ao olhar para a diferença de gênero, os homens tendem a ter o maior bem-estar. A diferença entre homens e mulheres é descrita como pequena, mas persistente, com a maior diferença na América Latina e a menor na Anglosfera Central. Pessoas não-binárias tiveram o menor bem-estar mental, com 51% tendo problemas.

 

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“Este ano, os resultados nos surpreenderam. É a primeira visão da magnitude das diferenças no bem-estar mental entre faixas etárias, gêneros e países. No geral, as descobertas foram surpreendentes e nos deixaram ponderando que talvez nossos sistemas de crescimento econômico, valores de individualismo e uma mudança da interação pessoal para amplamente digital promovam um ambiente de bem-estar mental precário. Esses dados deixam claro que, para nutrir o espírito humano, precisamos de um novo paradigma”, declarou Tara Thiagarajan, fundadora e cientista-chefe do Sapien Labs, em comunicado.

 

Fonte: Istoé

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