Rio tem os maiores registros entre 18 unidades da Federação que notificaram a ocorrência da doença pediátrica; quase 60% dos mortos tinham até 4 anos
Dados do Ministério da Saúde apontam que 286 crianças e adolescentes de 0 a 19 anos tiveram a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada à Covid-19, com registro de 21 mortes. A doença é caracterizada por febre persistente e outros sintomas como problemas gastrointestinais, conjuntivite, erupções cutâneas, inchaços e hipotensão.
Entre os mortos, 57,1% (ou 12 vítimas) eram crianças de 0 a 4 anos. Já são 18 unidades da Federação com registro de casos, sendo que em nove houve óbitos, segundo notificações das secretarias estaduais de Saúde até o dia 5 de setembro.
O Rio de Janeiro tem os dados mais elevados do país, com 46 casos (16% do total de notificações) e seis mortos (28,5% dos registros). Em seguida, no ranking de casos, vêm o Ceará (41 registros e dois óbitos), São Paulo (33 registros e três óbitos), Pará (29 registros e cinco óbitos) e Distrito Federal (27 casos e um óbito).
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Os primeiros alertas da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica ocorreramdurante o pico da pandemia da Covid-19 no continente europeu, em abril de 2020. Profissionais de saúde identificaram uma nova apresentação clínica da doença em crianças infectadas. Os sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos, destaca o Ministério da Saúde.
"Há importante elevação dos marcadores inflamatórios e o quadro clínico pode evoluir para choque e coagulopatia", diz a pasta em boletim epidemiológico que trouxe os dados atualizados.
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A notificação no Brasil da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica começou emjulho de 2020, quando o Ministério da Saúde passou a receber os registros feitos pelas secretarias estaduais de Saúde, por meio de formulário na internet.
O Globo