Atividades foram realizadas nesta terça-feira (1º/10), no Centro de Convivência do Idoso (Ceci), do bairro Aparecida
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), celebrou nesta terça-feira (1º/10), o Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade, proporcionando aos idosos, do Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci Aparecida), uma programação especial.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, os idosos representam 14,3% da população, ou seja, 29,3 milhões de pessoas. Em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes de zero a 14 anos.
Pela manhã, o centro programou para os idosos a apresentação do coral do Ceci, seguido do show do Candinho&Inez e o lançamento do livro “Entardeçamos, mas sem perder a Luz “, do poeta e escritor amazonense Candinho, distribuído aos participantes, com sessão de autógrafos.
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Na parte da tarde, os idosos que integram o Grupo de Convivência “Vivendo e Cantarolando” participaram de uma roda de conversa, com o corpo técnico do Ceci, sobre a Valorização da Pessoa Idosa. No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como idosos as pessoas com mais de 6O anos de idade.
MELHORAR A AUTOESTIMA
Nos 16 anos de existência, o Centro de Convivência do Idoso recebe, diariamente, em torno 2.500 pessoas, que participam dos vários serviços oferecidos pelo Estado, por meio da Seas e parceiros, como o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI). Ou seja, os idosos têm de segunda a sexta-feira atividades culturais, esporte e lazer, além de qualificação profissional e alfabetização.
A porta de entrada é o setor psicossocial que desenvolve dez Grupos de Convivência, geridos por assistente sociais, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, levando as pessoas idosas a se sentirem valorizadas, a ser protagonistas de sua história. Os idosos participam também do projeto Mais Vida, que além de atividades físicas, oferece sessões de fisioterapia.
Na avaliação da diretora do Ceci, Lilia Albuquerque, o espaço público se trata de um local de convivência diária, que congrega várias políticas públicas, trabalhando o projeto de fortalecimento de vínculos pessoais e familiares com apoio psicológico, escuta qualificada, entre outros.
“No momento em que se tornam nossos usuários, passam a ter um relacionamento amigável e acolhedor, recebendo visitas no seio familiar e isso tudo melhora a qualidade de vida deles, tornando pessoas felizes na velhice”, afirma.
Participando das atividades do Ceci há 16 anos, João Bosco Ramos de Souza, 66, admite ter 35 diplomas de cursos de qualificação realizados no centro, nas mais diferentes áreas, ao logo dos anos; também faz teatro, dança, funcional, musculação e ainda faz parte do Grupo Guerreiros. “Minha vida faz parte do Ceci, não tenho como viver sem participar das atividades desse local”, reconhece.
Participante do coral do Ceci, Raimunda Franco da Silva, 75, também faz parte do centro desde o início das atividades e se considera parte integrante do local. “Vivo melhor aqui do que em casa, porque desde que fiquei viúva, passei a ficar sozinha, porque o meu filho passa o dia no trabalho e só retorna à noite", declara.
Nelcy Coutinho, 77, é outra idosa que acumula experiências dentro do Ceci, ao longo dos últimos 16 anos, onde fez inúmeras amizades. “É o meu mundo, passo quatro dias da semana aqui, onde estão meus amigos, minha segunda família”, garante a idosa que atualmente participa do Grupo Exercitando a Memória. “Já fiz hidroginástica, dança de salão, informática básica e avançada”, completa.
CAMINHADA DA VIDA
João Cândido dos Santos Rodrigues, o Candinho (Fotos:Jimmy Christian/Seas)
No Livro “Entardeçamos, mas sem perder a Luz”, contemplado pelo Edital Paulo Gustavo/Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, o autor João Candido dos Santos Rodrigues, 66, destaca em sua dedicatória aos idosos a caminhada da vida de cada um, em forma de poema.
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“Caminham pelo entardecer da vida, aprendendo com as dificuldades, procurando reconhecer suas limitações, caindo e levantando a cada tropeço, mas sempre procurando não deixar de acreditar, nem desistir de seus sonhos”, diz trecho da obra.