Estratégia ineficaz se repetiu na eliminação para o Racing
Depois de buscar o empate heroico com um a menos nos acréscimos, o Flamengo acabou eliminado pelo Racing nos pênaltis e deu adeus ao sonho do terceiro título da Libertadores. A queda nas oitavas de final não escancarou apenas o momento de oscilação que a equipe vive em 2020, mas também o tamanho da importância dentro de campo de dois jogadores do Rubro-Negro carioca: Everton Ribeiro e Arrascaeta.
Sacados por Rogério Ceni no segundo tempo do duelo válido pelas oitavas de final da competição continental, os dois meias vêm mostrando fazer muita falta quando o Flamengo precisa buscar a vitória e não os têm para organizar o setor de meio de campo. Desde a chegada de Arrascaeta, a dupla foi substituída na mesma partida em 23 oportunidades, e a diferença dos resultados é gritante.
Com o resultado já a favor do Rubro-Negro, Arrascaeta e Everton Ribeiro deixaram o gramado juntos em 15 jogos. Ao todo, a dupla ajudou em 14 vitórias, apenas um empate e 95,5% de aproveitamento. Porém, com a equipe carioca perdendo ou empatando, os dois meias foram substituídos oito vezes, e o Flamengo conseguiu uma vitória, três empates e quatro derrotas. Um aproveitamento de somente 25%.
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Para esta pesquisa foram considerados apenas os jogos em que Arrascaeta e Everton Ribeiro começaram como titular e foram substituídos na mesma partida.
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo
Em meio a esses duelos onde o Flamengo não conseguiu reverter o placar negativo sem a dupla estão jogos importantes como a final do Mundial de Clubes contra o Liverpool e a estreia no Brasileirão 2020 contra o Atlético-MG, além da eliminação da Libertadores para o Racing, onde Rogério Ceni ficou com um jogador a menos em ambas as partidas e optou por sacar Arrascaeta e Everton Ribeiro.
Curiosamente, das 46 vezes em que os dois foram substituídos - somando as alterações -, 32 vezes foram para dar lugar a atacantes. Entretanto, a estratégia de tentar marcar gols e buscar o resultado sem a dupla não foi bem efetiva.
Ao todo, o Flamengo marcou 11 gols (média de 0,47 feitos por jogo) e sofreu seis (média de 0,26 sofridos por jogo) nas 23 partidas onde os meias deixaram o gramado. Já nos oito embates onde o Rubro-Negro empatava ou perdia, a equipe balançou a rede quatro vezes (média de 0,5 feitos por jogo) e foi vazado em três oportunidades (média de 0,37 sofridos por jogo).
Após substituir duas das principais peças do time pelo segundo jogo seguido, dessa vez necessitando de um empate para levar para os pênaltis ou uma virada pra se classificar no tempo normal, Rogério Ceni foi criticado pelos torcedores. Após a eliminação, o treinador rubro-negro explicou o motivo de ter escolhido tirar Arrascaeta e Everton Ribeiro.
- Era um jogo que, por mais qualidade que eles (Arrascaeta e Everton) tenham, se faz necessária a velocidade pelos lados. Reforçamos o meio, abrimos Vitinho pela direita e Bruno Henrique pela esquerda, arriscando um pouco mais para manter a pressão - explicou Ceni.
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Foto: André Durão
Fonte: Globo Esporte