Países como EUA, Inglaterra, Portugal e Nova Zelândia estão enfrentando a falta de ovo para comprar. Entenda o motivo.
O ovo já foi considerado vilão e mocinho várias vezes ao longo da nossa história. Seja pelo aumento do colesterol ou pelo grande ganho calórico, os profissionais da saúde sempre têm uma opinião diferente em relação a esse alimento, com, às vezes, ele sendo o vilão e outras não.
Contudo, o consumo de ovo pode começar a ser um problema, não pelo que ele causa ou deixa de causar na saúde, mas sim por sua falta nas prateleiras.
Tanto é que pessoas dos EUA, Inglaterra, Portugal e Nova Zelândia estão tendo dificuldades, desde o começo do ano, por conta da escassez, no mundo todo, de ovos de galinha.
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FALTA DE OVO
Essa falta tem seus motivos, e eles são diferentes para cada país. Nos EUA, por exemplo, o principal motivo da falta deles é um surto de gripe aviária. Já na Europa, os ovos não são vistos nas prateleiras com tanta abundância porque, além da gripe aviária, também tem o custo alto nos grãos e na energia elétrica por causa da guerra da Rússia com a Ucrânia.
Na Nova Zelândia, a escassez foi vista gradualmente. Começou em 2012 com o processo para zerar a criação de aves poedeiras em gaiolas. A data limite desse processo era janeiro desse ano. Além disso, essa mudança na legislação fez com que os custos para a produção de ovos ficassem maiores, e a demanda do produto não acompanhou essa mudança.
Como consequência dos preços altos vistos nos EUA, apreensões de ovos contrabandeados estão sendo feitas na fronteira do país com o México. “Recentemente notou um aumento no número de ovos interceptados em nossos portos de entrada. Como lembrete, é proibida a entrada de ovos crus do México nos EUA. A não declaração de itens agrícolas pode resultar em multas de até US$ 10.000 (R$ 51 mil)”, escreveu Jennifer De La O, diretora de Operações de Campo de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) em San Diego, em seu Twitter.
E NO BRASIL?
Fotos: Reprodução
Se os ovos estão ficando escassos em várias partes do mundo, será que isso também pode acontecer aqui no nosso país? Como no Brasil não existe um problema com a gripe aviária, é improvável que os consumidores brasileiros fiquem sem ovos. Contudo, o que pode acabar acontecendo é que os preços do produto passem por uma manutenção por conta de a produção estar menor do que a que foi prevista para esse ano.
Por conta da falta de chuvas em 2020, a safra do milho foi 16% menor do que no período anterior. Consequentemente, os preços dos grãos no país ficaram mais altos, o que por sua vez explica a diminuição na produção de ovos no Brasil em 2022. E essa produção menor deve continuar também nesse ano de 2023.
Com relação à inflação, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o ovo de galinha teve um aumento de 18,45% ano passado. E segundo uma pesquisa da cesta básica realizada pelo Procon-SP junto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em dezembro de 2022, a dúzia de ovos estava custando em média R$ 10,63 em São Paulo.
VENDA
Como visto, alguns países estão sofrendo com a falta de ovo nas prateleiras. Contudo, os que são vistos nas prateleiras podem acabar trazendo uma surpresa, como foi o caso visto em um estabelecimento na cidade de Campo Maior, no Piauí, em 2022.
O vídeo viralizou nas redes sociais e levantou várias dúvidas a respeito da fecundação dos ovos que são comercializados nos supermercados. O caso do vídeo aconteceu no dia 21 de setembro e foi postado nas redes sociais em outubro do ano passado.
De acordo com especialistas, foi o calor de cerca de 37°C que provocou a eclosão dos ovos. As codorninhas que nasceram foram resgatadas com vida, mas acabaram morrendo depois. Segundo o zootecnista Bruno Costa, o nascimento desses animais indica que os ovos estavam fecundados, ou seja, tinham embriões.
“Ovos pra consumo não devem ser galados [fecundados] por conta do tempo de prateleira. De onde vieram esses ovos tinha macho junto com as fêmeas. As granjas responsáveis adquirem lotes somente de fêmeas. Às vezes o controle não é eficaz e enviam ovos férteis para mercados”, explicou Costa.
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Conforme explicou Costa, os ovos fecundados podem ser consumidos, desde que eles não tenham estímulo para incubação com temperaturas altas. “Se coletar [comprar] ovo fértil e colocar na geladeira, o embrião não desenvolve, mas também não tem a mesma validade que ovos não galados, estraga mais rápido”, pontuou ele.
Fonte: Fatos Desconhecidos