Rebeca Andrade já fez três cirurgias no joelho
Esperava-se que fosse uma coroação. Uma corrida triunfante para a medalha de ouro da atleta de maior destaque nos Jogos Olímpicos. Mas, de repente, o evento da final individual de ginástica feminina será totalmente diferente. Com a retirada de Simone Biles por causa de um problema de saúde mental, agora, a competição se torna real. Então, quem vai ganhar?
Há fortes candidatas, e suas pontuações e habilidades são próximas. Como segunda colocada, somente atrás de Biles, a brasileira Rebeca Andrade passa a ocupar automaticamente o lugar de favorita. Por ter lutado com diversas lesões ao longo de sua carreira, poucos previram que ela se sairia tão bem. Além disso, o Brasil nunca ganhou uma medalha de ginástica olímpica feminina. Porém, ela pode ter sido subestimada já que a sua técnica é tão boa quanto a das concorrentes.
Sunisa Lee, dos Estados Unidos, que ficou em terceiro lugar nas eliminatórias, também é um bom palpite à medalha de ouro. Com base nas preliminares, seu grau de dificuldade será maior do que o apresentado por qualquer outra atleta, exceto Biles. Isso dá a ela uma grande vantagem. Se cumprir o que costuma apresentar, as outras ginastas podem não ser capazes de alcançá-la, não importa o quão bem se saiam. O repertório de Sunisa na barra, em particular, é maravilhoso — e até mais difícil do que o que foi planejado por Biles.
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Também do time dos Estados Unidos, Jade Carey, que parecia um tiro no escuro por ter se classificado em nono e conseguido uma vaga no all-around apenas com a saída de Biles, pode surpreender. Ela nem mesmo participou do evento por equipes. No entanto, apesar de não performar bem na trave, tem um bom desempenho no solo e pode pontuar alto no salto.
As russas Angelina Melnikova e Vladislava Urazova merecem atenção: ambas fizeram parte da seleção russa que derrotou os Estados Unidos na competição por equipes após a saída de Biles. Em 2019, Melnikova conquistou a medalha de bronze no último campeonato mundial e se destaca nas apresentações de solo. Já Urazova brilha quando se apresenta na trave. Entre pontos fracos e fortes, qualquer uma com bom desempenho pode ganhar a medalha.
Por fim, Tang Xijing, ginasta da China, é outra competidora que poderia se beneficiar de seu grau de dificuldade. Ela tem a maior honra na área — uma medalha de prata atrás de Biles no campeonato mundial — e, desconsiderando a americana, a performance de Tang na trave pode ser a melhor de todas.
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Fotos: Reproduções
Fonte: O Globo