A vivência da sexualidade ao longo da vida é um aspecto inerente ao ser humano, manifestando-se de diversas maneiras e contribuindo para o prazer, bem-estar e realização pessoal. Segundo a Declaração de Direitos Sexuais da World Association for Sexual Health (WAS), a sexualidade é central e se expressa de maneiras variadas, influenciando positivamente a satisfação geral.
Contudo, existem percepções equivocadas e tabus associados às pessoas com mais de 50 anos, como a crença de que não é possível manter relações sexuais nessa fase, a necessidade de intervenções medicamentosas para a disfunção erétil, a ausência de orientação homossexual, a inatividade masturbatória e a perda da natureza erótica do corpo. A falta de informações sobre esse período vital contribui para a invisibilidade do tema, associada ao ageísmo e aos estereótipos relacionados à idade.
Profissionais da área, como a licenciada Viviana Wapñarsky e a Dra. Silvina Valente, destacam a necessidade de educação sexual com uma perspectiva de idade, promovendo a aceitação do envelhecimento e abordando os processos naturais dessa fase desde a infância. A Dra. Valente alerta para a importância de evitar tratar os idosos como crianças, destacando a relevância de reconhecer sua experiência e papel na sociedade.
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A Dra. Laura Maffei, endocrinologista, enfatiza que a sexualidade passa por mudanças ao longo da vida, com fatores emocionais, hormonais, estresse e fases vitais influenciando o desejo e a sexualidade em geral. Ela menciona que, após os 40 anos, as mulheres experimentam uma redução gradual da testosterona, afetando o desejo, enquanto nos homens, a queda da testosterona é mais progressiva, podendo levar à andropausa.
A Dra. Valente ressalta que a sexualidade vai além do ato sexual, incluindo erotismo, toque, carinho e intimidade. Destaca-se que a sexualidade pode ser vivida de maneira diferente após os 50 anos, com limitações individuais. Além disso, são apresentados benefícios para a saúde associados à prática sexual nessa faixa etária, como melhora na qualidade do sono, alívio da dor, fortalecimento do sistema imunológico, melhoria do humor, benefícios cardiovasculares, aumento da intimidade emocional e promoção da saúde da próstata em homens.
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É fundamental reconhecer a individualidade de cada pessoa, compreendendo que as experiências e necessidades sexuais variam. A comunicação aberta e honesta entre os parceiros é crucial para uma vida sexual saudável e satisfatória após os 50 anos. Profissionais de saúde, como sexólogos e terapeutas, podem oferecer suporte e orientação para aqueles que desejam explorar e compreender melhor sua sexualidade nessa fase da vida.
Fonte: Gazeta Brasil
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