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31/12/2023

Seu cachorro comeu chocolate na ceia? Veja o que fazer de imediato

Foto: Reprodução

Os cachorros não podem nem chegar perto do chocolate. Saiba o que fazer se o seu cão comer o doce

Você está comendo chocolate, deixa cair um pedacinho e o cachorro, rápido como um raio, abocanha o doce. Ou você estoca chocolate na despensa, deixa a porta aberta e o peludo invade o armário e se refestela. Meu cachorro comeu chocolate, e agora, o que fazer? É uma emergência veterinária?

 

Tudo depende dos sintomas que o cachorro exibir depois da ingestão do chocolate. Os sinais de intoxicação podem variar de acordo com o porte, a idade e a quantidade ingerida. Seja como for, é recomendável manter o número do médico na agenda telefônica.

 

Cachorros não conseguem metabolizar cafeína e teobromina, dois alcaloides presentes no chocolate. O sistema digestório dos cães não produz a enzima citocromo P450, responsáveis pela metabolização de alguns nutrientes.

 

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Em grandes quantidades, o chocolate é tão tóxico para os cachorros que pode ser considerado como um veneno. O doce pode causar intoxicações sérias e até levar à morte. Os sinais mais comuns são vômitos e diarreias, mas alguns pets podem apresentar tremores, convulsões e hiperatividade.

 

Os sintomas podem surgir de forma leve, mas, exatamente por não apresentarem o citocromo P450, o chocolate permanece no intestino dos peludos por muito tempo sem sofrer alterações – até seis dias inteiros –, antes de ser completamente eliminado.

 

Nos casos mais graves de ingestão – e o quadro varia de indivíduo para indivíduo – a ação do chocolate no organismo canino pode levar à insuficiência respiratória, com uma parada cardíaca em consequência.

 

A teobromina também pode causar alergias e age de forma especialmente maléfica no sistema nervoso central dos cachorros. O animal pode sofrer com disritmias, taquicardia, aumento da pressão arterial, entrar em coma e até morrer.

 

A dosagem tóxica de teobromina para os cães fica entre 20 mg e 40 mg por peso corporal. Um chocolate amargo com 70% de cacau apresenta de sete a dez miligramas da substância por grama do produto, o que significa que uma simples dentada já é extremamente intoxicante: se o peludo ingeriu uma barrinha de 45 gramas, é possível que haja mais de 400 miligramas no organismo, suficientes para comprometer a higidez de um cão e 20 quilos.

 

A teobromina está presente em chocolates escuros e o teor aumenta na medida do aumento do teor de cacau (os meio amargos são mais ricos na substância). Chocolates brancos não oferecem os mesmos riscos, mas são ricos em açúcares e também prejudicam a saúde canina.

 

O açúcar favorece o sobrepeso e a obesidade, com os consequentes prejuízos à saúde: diabetes, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, etc. A dentição canina é menos prejudicada pelo açúcar do que a nossa, mas os peludos também podem ter problemas bucais, como acúmulo de placa bacteriana e mau hálito.

 

A ingestão de açúcar sobrecarrega os rins e o fígado, proporcionando, no médio prazo, o surgimento de disfunções e, finalmente, da insuficiência renal e/ou hepática, duas condições que comprometem a expectativa de vida dos peludos.

 

Vale lembrar que o açúcar não está presente apenas nos doces. Ele é ingrediente de pães e bolos, por exemplo. Além disso, o oferecimento de petiscos adocicados prejudica o paladar dos cães, que podem passar a rejeitar alimentos balanceados (como as rações de qualidade).

 

Quem não consegue resistir ao olhar pidão dos cachorros deve providenciar petiscos específicos, como biscoitos e chocolates caninos (que não contam com açúcar nem chocolate na receita).

 

Os primeiros sinais de que um cachorro comeu chocolate são vômitos e diarreias, cujos episódios podem ser intensos. O organismo canino não reconhece o doce como nutriente e trata de eliminá-la da maneira mais rápida possível.

 

Mas a teobromina é rapidamente absorvida pela corrente sanguínea, que pode levar a substância para os nervos e para o fígado. No primeiro caso, surgem os sintomas neurológicos – desde uma agitação incomum até a perda da coordenação motora.

 

Quando a teobromina chega ao fígado, o órgão tenta sintetizá-la de alguma forma. É um processo semelhante ao do álcool no corpo humano: o fígado “sabe” que aquilo é um tipo de açúcar, mas não consegue desdobrá-lo.

 

E a teobromina volta para a corrente sanguínea, causa novos transtornos neurológicos ou gastrointestinais, é carreada novamente para o fígado, onde o ciclo se repete. Por isso, dependendo da quantidade ingerida, o cachorro pode apresentar sinais de intoxicação de um a seis dias.

 

Os cães de menor porte costumam apresentar os sinais mais rapidamente. Também é mais fácil “pegá-los em flagrante” com chocolate na boca e evitar um estrago ainda maior, ao contrário do que acontece com um grandão, como um rottweiler ou mastim napolitano, que consegue engolir uma barra de 200 gramas (com a embalagem) em poucos segundos.

 

Nos animais de médio e grande porte, os sinais mais frequentes são os neurológicos. Uma barrinha de 45 gramas é suficiente para causar estragos em um cão do porte de um cocker spaniel ou basset hound.

 

O quadro pode ficar mais complicado nos animais com histórico de doenças gastrointestinais ou neurológicas, além dos que sofrem com alergias e dermatites. Nestes casos, os sinais podem surgir de maneira mais intensa e se prolongar por mais tempo.

 

Qualquer sinal neurológico – descoordenação ou hiperatividade, por exemplo – deve ser avaliado pelo veterinário. As diarreias e vômitos intensos também exigem uma visita ao consultório. Episódios leves, mas que apresentem traços de sangue, exigem igualmente uma avaliação de emergência.

 

Não existe nenhum antídoto para a ingestão acidental de chocolates por cachorros. As “recomendações” dos especialistas de zapzap são inúmeras, do leite cru ao arroz cozido com frango. Na primeira receita, o cachorro pode apresentar intolerância à lactose, complicando ainda mais o quadro.

 

Uma canja caseira, sem nenhum condimento, é totalmente inofensiva e muitas vezes benéfica para os cachorros. Ela pode ser usada nas convalescenças e em casos de desidratação e desnutrição, por exemplo, mas não interfere em nada na neutralização da teobromina.

 

Uma vez que você perceba que o cachorro comeu chocolate, tente determinar a quantidade e a marca do produto. Alguns chocolates são enriquecidos com nozes, por exemplo – mas, para os cachorros, as oleaginosas aumentam ainda mais os quadros de diarreia, apesar de poderem ser oferecidas com moderação para os animais saudáveis.

 

Fique atento aos sinais. Verifique quantas vezes o cão defeca e vomita. Entre em contato com o veterinário imediatamente e relate os sintomas. Em geral, as diarreias e vômitos são mais intensos nas quatro primeiras horas da ingestão, mas o alívio não significa necessariamente que o problema tenha sido superado.

 

O veterinário deve receber o maior número possível de informações. Uma pequena quantidade de chocolate pode causar apenas diarreia leve e desconforto abdominal, sem maiores comprometimentos. No entanto, o profissional poderá acompanhar a evolução do quadro, especialmente se já conhecer o cachorro (e o histórico e saúde).

 

Sempre seguindo as recomendações do veterinário, tente induzir o vômito, caso a ingestão do chocolate seja recente (ocorrida há menos de uma hora) e não tenham surgido sinais neurológicos. O profissional poderá sugerir a ingestão forçada de peróxido de hidrogênio diluído em água. Siga a proporção indicada, que costuma provocar vômito em 15 minutos e pode ser repetida uma vez.

 

O carvão ativado também pode ser ministrado, como forma de impedir a absorção da teobromina pelo intestino delgado. Normalmente, oferece-se um grama de carvão diluído em 5 ml de água por quilo de peso corporal. Mas o carvão ativado não é útil nos casos de comprometimento neurológico.

 

Depois de passado o susto, nunca mais deixe chocolate ao alcance do seu cachorro. Não existe imunidade, isto é, um cão que sobreviveu à ingestão não está isento a novos quadros de intoxicação, cujos sinais variam de marca para marca de chocolate.

 

O peróxido de hidrogênio pode até salvar a vida do cachorro, mas não é uma solução viável em qualquer circunstância. A substância pode prejudicar o esôfago e a mucosa gástrica, além de ser aspirado pelas vias aéreas, o que pode inclusive levar à morte.

 

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A gordura presente nos chocolates representa um risco à saúde dos cachorros, mesmo que não ocorra uma intoxicação por teobromina. A gordura leva ao excesso de peso, provoca diarreias e vômitos (com desidratação e desnutrição) e prejudica o pâncreas, o que, no médio prazo, pode determinar uma pancreatite, potencialmente fatal.

 

Fonte: Metropóles

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