Sexo com Madonna: por que a masturbação, simulada pela cantora em shows e entrevistas, faz bem para a saúde

O ano era 1990, e a cantora Madonna chocava o mundo, mas mais precisamente o Canadá, com sua turnê Blond Ambition. Na performance da música “Like a Virgin”, a rainha do pop interpretou a canção deitada em uma cama forrada de veludo vermelho, usando um dos incônicos corsets de mamilos pontudos desenhados por Jean-Paul Gaultier, simulando uma masturbação ao vivo.

Na época, o país até tentou proibir seus shows nas cidades e ela sofreu ameaças de ser presa por causa do ato. Até o papa João Paulo II queria o boicote a um dos shows mais “satânicos” da história.A colunista do Globo, Ruth Aquino, estava no estádio e revelou como se sentiu ao ver a cantora ao vivo:

Em 1990, quando eu era correspondente de F-1 em Londres, fui ao estádio de Wembley cobrir sua Blond Ambition Tour. Madonna tinha 31 anos. E o que eu vi não foi uma cantora. Foi um furacão sensual, com danças acrobáticas e figurinos eróticos e sadomasôs.Apesar das críticas, Madonna foi a frente de seu tempo visto que hoje há estudos de diversas partes do mundo revelando como a masturbação faz bem à saúde. Uma pesquisa feita por pesquisadores da Universitas Airlangga, na Indonésia, por exemplo, revelou que fazer sexo ou se masturbar três vezes por semana pode ajudar a eliminar as incômodas pedras nos rins.

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No estudo, os médicos urologistas notaram que a contração e relaxamento do colo da bexiga — que acontece durante o orgasmo e a ejaculação — facilita a eliminação das pedras no rins. Isso ocorre porque, à medida que os músculos relaxam, a urina é estimulada a passar pela uretra, juntamente com as pedras nos rins.

Os resultados mostram que a taxa de expulsão foi 5,7 vezes maior no grupo que praticava atividade sexual, no período de duas semanas. Além disso, quem era sexualmente ativo expeliu as pedras mais rapidamente, nas quatro semanas de avaliação. Enquanto isso, o número de pessoas que precisam de alívio da dor devido a cálculos renais foi 62% menor no grupo que fazia sexo ou se masturbava, em comparação com aqueles que não tinham nenhuma prática sexual.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, uma a cada dez pessoas no país sofre com pedras nos rins. Quando ficam muito grandes, os cálculos podem se tornar extremamente dolorosos e geralmente é necessária cirurgia para removê-los.O urologista, Luiz Otávio Torres e especialista na área de andrologia afirmou em entrevista recente ao GLOBO que não há uma frequência certa para praticar o ato.

Fotos: Reprodução

Porém, para uma pessoa que pratica todos os dias, ficar um período longo sem realizá-lo, pode trazer questões psicológicas mais sérias já que ele não está acostumado a isso. O paciente pode apresentar ansiedade, depressão, raiva, agressividade e isso pode prejudicá-lo mentalmente — diz.Outro estudo feito por pesquisadores da University College London mostrou que a prática pode proteger contra infecções e ajudar também na saúde genital, principalmente dos homens.

A equipe fez um levantamento histórico da masturbação com base em informações obtidas sobre primatas. Os pesquisadores reuniram centenas de publicações, respostas a questionários e anotações pessoais de primatologistas e zeladores de zoológicos sobre o ato praticado por primatas. A teoria é de que a masturbação seria uma estratégia para expulsar os microrganismos que causam doenças do trato genital.

Os pesquisadores observaram que a masturbação também era mais comum em machos de espécies de primatas maiores que não conseguiam se abaixar para limpar oralmente seus órgãos genitais. Outra teoria é que a masturbação ajudaria a eliminar o esperma envelhecido, renovando a produção e aumentando as chances de fecundação.No sexo são liberadas substâncias cerebrais que promovem a sensação de bem-estar, tranquilidade e alegria. Melhora a qualidade do sono, a imunidade e promove a liberação de antioxidantes, além dos benefícios que traz nas relações de casal — explica a urologista e especialista em medicina sexual, Pilar Ceballos.

Outros benefícios que a atividade sexual regular pode trazer para a saúde são: melhora do humor, redução do estresse, aumento da autoestima e diminuição do risco de doenças cardíacas.Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, afirmaram que o segredo para ter uma vida sexual melhor é praticar a masturbação mútua.Para o estudo, os cientistas entrevistaram 117 mulheres e 151 homens, com idades entre 18 e 65 anos, e que tinham parceiros sexuais. Mais de 50% (136) disseram ter praticado masturbação mútua nas duas semanas anteriores.

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Segundo o levantamento, os participantes que adotavam a prática se sentiam mais satisfeitos sob os lençóis do que aqueles que não tinham o costume e, neste grupo, as mulheres relataram estar menos satisfeitas na cama do que os homens.“As descobertas atuais sugerem que a masturbação mútua é comum entre casais e muitas pessoas relatam sentimentos positivos sobre a prática Envolver-se na masturbação mútua pode aumentar o repertório sexual dos casais e a satisfação sexual”, afirmou o especialista em psicologia e pesquisador principal do estudo, Dilan K?l?ç.Segundo os autores, este resultado pode ajudar a repensar a visão antiquada de que as pessoas se masturbam devido à insatisfação com seus parceiros.

Fonte: R7