05 de Maio de 2024 - Ano 10
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01/03/2024

Sexo não precisa ser uma prioridade para ter sua importância reconhecida

Foto: Reprodução

Especialista explica como as percepções sobre as relações sexuais podem variar de acordo com as individualidades de cada pessoa

Em uma entrevista recente, dada à revista “Marie Claire”, a cantora Luisa Sonza disse que considera o sexo supervalorizado. “Tem gente que gosta muito, eu não gosto tanto assim”, confessou. Não faz muito tempo que Anitta também disse algo parecido. Em participação no “Domingão com Huck”, ela afirmou que prefere dormir a fazer sexo. As afirmações das duas artistas repercutiram nas redes sociais, houve quem ficasse surpreso – principalmente por causa do conteúdo sexual presente em muitos dos trabalhos das artistas –, mas também quem concordasse.

 
Para além desse inicial espanto ou concordância, o que as duas disseram pode levantar um debate importante sobre as várias formas como as pessoas podem perceber o sexo. Mais ainda, pode reforçar a compreensão de que não tê-lo como prioridade não necessariamente significa uma aversão ou falta de interesse.

 

E essa avaliação não influencia a sua capacidade de se relacionar sexualmente. “Considero a minha relação com o sexo algo normal, no sentido de me sentir bem com o meu corpo e também de me sentir à vontade para me relacionar com quem houver uma troca nesse sentido”, explica. Ela, que no momento não tem se relacionado amorosamente nem tem tido trocas de amizade frequentes com ninguém, ressalta que está satisfeita com a escolha. “Não tenho saído nem feito coisas junto de outras pessoas e estou bem com a minha solitude, embora esteja aberta a possíveis acontecimentos”, confessa Thay Lobo.

 

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Mesmo que a relação sexual seja uma possibilidade e tenha relevância na vida da estudante, ela considera que outras coisas sejam mais importantes do que o sexo em uma relação. “O que valorizo em um relacionamento é o respeito, a empatia e o cuidado com o outro. É uma grande responsabilidade quando nos envolvemos com outra pessoa, precisamos entender que cada um tem seu espaço, suas necessidades e seu tempo”, acredita.


A reflexão da estudante vai ao encontro do pensamento da maioria dos jovens brasileiros. Uma pesquisa recente, divulgada pelo Datafolha no ano passado, aponta que o sexo e o casamento estão no fim da lista de assuntos prioritários de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Ainda conforme o estudo, temas como saúde, família, estudo, trabalho, lazer, dinheiro, amigos e religião são considerados mais importantes para as pessoas dessa faixa etária.

 

Mas, ainda que transar não seja, de fato, prioridade para muitas pessoas, a percepção sobre a importância do sexo acaba indo no rumo oposto. É isso o que observa a psicóloga Bruna Coelho. “Vivemos um momento em que as informações sobre sexo são muito consumidas e, portanto, o tema se tornou alvo de interesse. As vendas de produtos de bem-estar sexual aumentaram vertiginosamente. Essas informações geram uma ‘percepção’ de que as pessoas estão transando mais, e fazer um comentário que vá na contramão disso gera surpresa, porque atualmente é ‘cool’ falar abertamente sobre sexo e se autoafirmar nesse sentido. É mais sobre como quero ser visto pelo outro”, analisa a especialista.

 

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Bruna pontua ainda que a forma como as pessoas se relacionam com o sexo, dando importância ou não ao ato, é ditada por questões individuais e variáveis. Alguns fatores, porém, podem colaborar para que os indivíduos tenham ou não o tema como prioridade. “Para algumas pessoas que veem a relação sexual como algo fundamental, são consideradas questões como a apetência sexual, o interesse pelo parceiro, somando-se também a experiências positivas sobre a sexualidade. Certamente, esse sujeito reservará tempo e criará situações favoráveis para que o sexo ocorra, como nutrir pensamentos eróticos, se expor e emitir estímulos eróticos à parceria”, afirma a psicóloga. “Por outro lado, temos indivíduos que vão valorizar outras nuances, priorizam e se dedicam a outros aspectos do relacionamento. Apreciam a relação sexual, porém se satisfazem em uma frequência menor”, pondera ela. 

 

Fonte: O Tempo

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