Elize Matsunaga
Em liberdade condicional, Elize Matsunaga, já negocia com duas editoras a publicação do livro intitulado “Piquenique no inferno“, escrito a mão por ela durante os dez anos em que ela ficou presa em Tremembé, no interior de São Paulo. Na obra, a assassina confessa do empresário Marcos Matsunaga descreve sua versão em torno da morte do marido em tom bibliográfico.
Em entrevista ao jornal O Globo, o advogado de Elize, Luciano Santoro, revelou: “Depois que fechar com uma editora, ainda tem todo um tempo de revisão do texto, essas coisas todas, até o livro ser publicado”
Santoro afirmou que a família do empresário ainda não se manifestou sobre a publicação da obra. “Não recebi nada nesse sentido. É uma biografia, nem poderia ser feita uma censura prévia. Mas, mesmo assim, não recebemos nada por parte deles”, declarou o advogado.
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A autobiografia tem 178 páginas e tem detalhes sobre o momento do crime. A filha do casal dormia no apartamento quando Marcos foi morto, mas Elize garante que ela não ouviu nada. A garota hoje tem 11 anos, vive com os avós paternos e é proibida de ver a mãe.
“Atira, sua fraca! Atira! Sua vagabunda! Atira ou some daqui com sua família de bosta e deixa minha filha. Você nunca mais irá vê-la. Acha que algum juiz dará a guarda a uma puta?”, teria dito Marcos, pouco antes de ser morto, segundo Elize.
Em outro trecho, ela descreve seu emocional no momento do crime: “A cabeça de Elize parecia um torvelinho. Um caos. Um turbilhão de palavras e sentimentos, entre eles o medo, tão perigoso. Foi então que o dedo no gatilho fez seu trabalho”.
Elize Matsunaga teve a prisão convertida em condicional nessa segunda-feira (30/5) e diz acreditar que o marido, Marcos Matsunaga, já a perdoou.
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“Como mãe, ela tem o desejo de voltar a ter contato com a filha sim, uma filha que ela cuidou quando era pequena. Mas ela tem ciência que não será fácil e que terá que respeitar não só a Justiça, mas o tempo da criança”, alegou Santoro.
Fonte: Metrópoles