Sucessor do telescópio James Webb já foi anunciado

O telescópio James Webb é o observatório espacial mais poderoso já construído. Seu lançamento foi muito aguardado e aconteceu no dia 25 de dezembro de 2021. Ele é composto por 18 espelhos banhados a ouro que, juntos, têm mais de seis metros de diâmetro. Até o seu lançamento foi uma caminhada árdua, mas felizmente bem sucedida. Contudo, o telescópio pode deixar de ser o mais poderoso logo menos.

Isso porque, mesmo que ele esteja em operação há pouco tempo, a NASA já está pensando no seu sucessor. O anúncio foi feito pela agência na 241ª reunião da American Astronomical Society. Nela, a NASA falou sobre seus planos de exploração espacial em dentre eles, o uso do Habitable Worlds Observatory (HWO) chamou bastante atenção.

Esse novo telescópio irá observar o espaço profundo em diferentes comprimentos de onda e irá ficar ao lado do James Webb. O objetivo principal desse novo instrumento é descobrir vida no universo. Até porque, mesmo que já se tenha descoberto vários exoplanetas que potencialmente podem ser habitáveis, ainda não se teve nenhuma evidência de que a vida existe fora do nosso planeta. É nesse ponto que o HWO entrará.

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OBJETIVOS

A ideia de construi-lo veio por conta de um dos três desafios científicos chaves do Astro2020, que é uma pesquisa da Academias Nacionais de Ciência, Engenharia e Medicina. São eles:

1 – Novos Mensageiros e Nova Física: que é investigar e descobrir coisas como a matéria escura, inflação cosmológica, energia escura e outras coisas.

2 – Ecossistemas Cósmicos: que é a compreensão da origem e da formação das galáxias, estrelas e teias cósmicas.

3 – Mundos e sóis em contexto: que é encontrar outros planetas habitáveis como a Terra.

Por conta desses fatores que a NASA criou o Programa de Maturação Tecnológica do Grande Observatório (GOMAP), que tem como o segundo dos seus três primeiros estágios o aprofundamento na missão do HWO.

O esperado é que esse novo telescópio seja lançado na década de 2040. Entretanto, a agência ainda está avaliando as formas de conseguir investimentos para que o projeto possa ser acelerado. Se a agência conseguir isso, o lançamento poderá acontecer até 2035.

TELESCÓPIO HWO

Mesmo que não se tenha muitas informações sobre como o Habitable Worlds Observatory será, o esperado é que ele tenha aproximadamente seis metros de diâmetro, parecido com o James Webb, e que consiga observar o espaço profundo em comprimentos de onda ultravioleta, infravermelho e óptico.

Por conta de tudo isso é estimado que esse telescópio custe aproximadamente 11 bilhões de dólares, valor um bilhão mais caro do que o James Webb. Além disso, ele irá operar no Segundo Ponto de Lagrange, local onde o atual mais poderoso do mundo se encontra. Esse local é onde o campo gravitacional do sol e da Terra se equilibram e se encontram a 1,5 milhões de quilômetros do nosso planeta.

A diferença entre o HWO e o James Webb está na possibilidade de reparação do mais novo. Isso dá à NASA a possibilidade de não somente fazer reparos, como também melhorias de forma robótica.

Na visão dos pesquisadores, esse novo telescópio irá ser um meio termo entre o HabEx do LUVOIR no ponto de potencial observacional. Isso independentemente do tempo que ele leve para ser lançado de fato.

JAMES WEBB

Fotos: Reprodução

Como esse novo telescópio ainda está longe de ser lançado, o James Webb fascina os pesquisadores com suas observações, como por exemplo, imagens de um exoplaneta, ou seja, um planeta fora do sistema solar. As fotos foram divulgadas pela NASA e pela ESA, as agências espaciais dos EUA e Europa, respectivamente, em setembro do ano passado.

Na imagem se destaca o exoplaneta. De acordo com explicação da NASA, a estrela branca pequena em cada quadradinho marca a localização da estrela hospedeira do HIP 65426 b. Ela foi tirada digitalmente porque a sua luz forte bloqueava a visão do planeta.

Esse exoplaneta capturado pelo James Webb é um gigante gasoso a 355 anos-luz de distância e tem sua massa aproximadamente oito vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Além disso, por ele ser formado de gás, o exoplaneta não tem superfície rochosa e por isso não pode ser habitável.

De acordo com a NASA, as imagens, que são vistas através de quatro filtros de luz diferentes do James Webb, mostram o poder dos instrumentos desse super telescópio. Elas também comprovam que as futuras observações que ele fará revelarão mais informações do que nunca foram feitas a respeito desses exoplanetas.

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“Este é um momento transformador, não apenas para o Webb, mas também para a astronomia em geral”, disse Sasha Hinkley, professora associada de física e astronomia da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Fonte: Fatos Desconhecidos