Técnico, patrocínio, salários, investidores: Pedrinho esclarece futuro da SAF do Vasco em litígio com a 777

Em meio à paralisação do Campeonato Brasileiro, o Vasco vive um momento crucial para seu futuro próximo. Em decisão liminar, a 777 Partners foi afastada do comando do clube, que passa a ser, no momento, do associativo.

Nesta quinta-feira, o presidente Pedrinho e membros de sua diretoria esclareceram, ponto a ponto, o que enxergam para as próximas semanas em relação ao futebol do cruz-maltino.

Questões como o patrocínio recém-acertado com a Betfair, a iminente chegada do técnico Álvaro Pacheco (ainda não anunciado), a folha salarial do elenco, negociações (como uma possível chegada de Philippe Coutinho) e a saúde financeira e organizacional da Vasco SAF foram respondidas por Pedrinho, Felipe Carregal (vice-presidente jurídico) e Paulo Salomão (vice-presidente geral).

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VEJA UM RESUMO DA COLETIVA DE PEDRINHO:

Assumir as contas da SAF e possibilidade de venda de ações

Pedrinho: Com a liminar não podemos (vender ações). Primeiro, temos que ter ciência do caixa. Não seria aportado nada agora. Vamos ter conhecimento agora. Tranquilizei as pessoas da SAF, parte esportiva, que não vai mudar nada, que os salários vão ser honrados. Caso a gente entre e tenha um colapso financeiro, pode ter certeza que o salário estará em dia.

Risco financeiro para o time?

Pedrinho: A negociações continuam (incluindo uma possível chegada de Coutinho, citada na pergunta), comigo ou com Vasco SAF. O aporte era depois da janela, a gente tinha certeza que aconteceria? O cenário que imaginamos é de receita para giro. Meu comprometimento é que se não tiver essa receita, eu honro com os compromissos.

Há Plano B?

Pedrinho: Quero respeitar o sócio (a 777). Caso haja uma ruptura, a gente tem.

Alguma mudança será feita no futebol? Treinador, por exemplo?

Pedrinho: Todas as decisões tomadas continuarão. Não tem nada a ser feito nesse sentido. O que há agora é uma relação mais direta entre SAF e associativo. Teremos uma gerência por trás e um Conselho para que as pessoas da SAF possam se reportar.

A 777 quer vender as ações que tem?

Pedrinho: Não gostaria de expor o sócio, até porque eu posso falar alguma coisa e ele, outra. Muitas vezes expuseram a intenção, tem conversas. Temos que esperar a Justiça. Da minha parte, é o que teve desde o começo. Vou errar e acertar, mas sem sacanagem com o Vasco.

Relação com Lucio Barbosa e futuro

Pedrinho: Nunca deveria ter havido uma divisão, a SAF é um elo entre os dois sócios. Estamos tentando estreitar essa relação, ter conhecimento de tudo. Não queremos mudar nada por enquanto, para não causar nada [...] Foi o que falei para os representantes da SAF, estou aqui como sempre estive. O que quero passar é que está tudo normal, inclusive a situação financeira. Com relação à questão esportiva, ninguém está interferindo no planejamento esportivo que já foi feito. Os jogadores podem ficar tranquilos. A questão aqui é de sócio para sócio.

Álvaro Pacheco vem para o clube?

Pedrinho: Não tem motivo nenhum para ele não vir. As pessoas que estão ali contratadas, o patrocínio (com a Betfair) que está ali vão continuar.

777 pode retomar o controle?

Salomão: a decisão é liminar. Até a instauração de um tribunal arbitral, em até 30 dias, o Judiciário que resolve questões urgentes. É uma decisão de primeiro grau, é possível recorrer [...] Não há possibilidade de fazer aporte antecipado, o efeito do contrato está suspenso. Vamos discutir na arbitragem as questões meritórias.

777 ainda é obrigada a fazer o aporte de setembro?

Carregal: Como isso envolve uma discussão judicial e está em segredo de Justiça, não posso comentar desdobramentos no contrato da decisão.

Salomão: A garantia é um dos elementos da ação. Tem diversos outros elementos, mas não podemos nos aprofundar muito.

Conflito de interesses numa possível compra de ações pela Crefisa?

Sou um amigo muito íntimo do José Roberto Lamacchia (dono da Crefisa). A Leila (Pereira, presidente do Palmeiras e da Crefisa) é uma referência em gestão esportiva e coragem. Minha relação com o Lamacchia nada tem a ver com a Leila. O Sr. Lamacchia sempre se mostrou disposto a ajudar o Vasco. A Leila tem que estar completamente destacada. Minha relação é direta com o sr. José Lamacchia. É meu amigo, e a Crefisa é uma empresa séria no mercado.

Segurança para tocar o futebol. 777 já foi notificada de destituição do Conselho Administrativo?

Salomão: A gente não sabe nem quem é do Conselho, hoje. A informação que a gente tinha era que dois membros foram afastados. Até a nossa vinda para cá, não havia saído a intimação formal para a 777 [...] Uma discussão entre dois sócios não afeta o dia a dia da empresa que funciona e vai continuar funcionando.

O que acontece se a liminar for derrubada?

Salomão: A SAF continua funcionando do mesmo jeito que sempre funcionou. Hoje funciona da mesma forma que funcionava ontem e amanhã funcionará da mesma forma.

Prioridades do associativo em meio à questão SAF

Pedrinho: A perspectiva que eu tenho é que a gente assine o potencial construtivo já no meio do ano, vendendo-o. Em outros esportes estamos evoluindo, conseguimos um patrocínio para o futsal que estreia hoje. Paralímpico também já tem suporte de investimento, não se precisa mais tirar dinheiro do próprio bolso. As certidões prontas facilitam tudo. Com a SAF, o associativo não tem interferência em nada.

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O aporte ainda pode acontecer?

Carregal: Estamos cientes e preparados para os cenários. Era o mérito da nossa ação. O aporte já era uma dúvida desde antes.

Fonte: Extra