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28/03/2020

TOTAL OU VERTICAL? TIPO DE ISOLAMENTO PODE GERAR 12X MAIS MORTES, DIZ ESTUDO

Foto: Reprodução

Previsão da Imperial College revela ainda que 1,1 milhão de brasileiros morreriam de Covid-19 em caso de ausência total de isolamentos

Um estudo publicado pela Imperial College mostra que com o isolamento vertical de idosos e pessoas com doenças associadas ao aumento do risco da Covid-19 , o Brasil poderia ter 12 vezes mais mortes do que no cenário de supressão. A medida de isolamento vertical tem sido apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro, contra a opinião de 25 dos 27 governadores.

 

Com o cenário de isolamento vertical defendido por Bolsonaro, a Imperial College prevê que 121 milhões de brasileiros seriam infectados, com 530 mil mortos e 3,2 milhões de hospitalizações.

 

A supressão total, com o quadro de 0,2 caso de Covid-19 por 100 mil habitantes, o novo coronavírus poderia infectar 11.457.197 de brasileiros, causando a morte de 44 mil pacientes. Segundo o estudo da Imperial College, este é o melhor cenário para o país.

 

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Além destes, dois outros cenários foram traçados pela Imperial College, em Londres, sobre o eventual cenário brasileiro. Sem nenhuma medida de isolamento social contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), o Brasil poderia ter 187 milhões de cidadãos infectados; entre eles, 6,2 milhões precisam de internação e 1,5 milhão iriam para a UTI . Segundo a projeção, 1.152.283 pessoas morreriam.

 

A outra projeção prevê medidas leves contra o alastramento do vírus, como a proibição de grandes eventos e aglomerações (shows, jogos de futebol e museus). Dessa forma, a Imperial College prevê que 122 milhões de brasileiros seriam infectados, sendo que 627 mil viriam a óbito.

 

Secretário contesta estudo


Durante a coletiva do Ministério da Saúde realizada na tarde deste sábado (28), o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou que os números reais de casos, internações e mortes pela Covid-19 não deverão seguir a mesma lógica do estudo publicado pela Imperial College.

 

“Vamos abrir todas as planilhas. Todos os dados serão colocados no site com os parâmetros que estamos utilizando como referência para o cálculo. Possivelmente, vão ser diferentes, tanto do Imperial College quanto de outros estudos”, diz o secretário. “Venho discutindo e trabalhando em análises com a Universidade de Harvard. Vamos publicar esse resultado, estamos estudando várias metodologias diferentes, modelos de matemática...”

 

Wanderson de Oliveira também diz que os dados de monitoramento do governo ficarão mais precisos com maior quantidade de informações durante a epidemia. “A projeção dessas características locais ficaram mais ajustadas ao modelo. Ainda não dá para dizer se o índice de crescimento da curva está em uma velocidade segura”, diz ele.

 

Combate ao vírus


Muitas estratégias de combate à Covid-19 estão sendo debatidas pelas autoridades de todo o mundo. As mais comuns são mitigação (onde o objetivo é isolar aqueles que estão sob maior risco, sem frear sua contaminação) e supressão (reduzir ao máximo novas contaminações, estreitando a mobilidade).

 

Especialistas não deixam de salientar que a fragilidade das áreas urbanas mais pobres, onde os cidadãos não têm abastecimento de água e esgoto e é mais difícil de fiscalizar o afastamento, deverá interferir diretamente para o aumento de casos e mortes no Brasil.

 

Ventiladores mais baratos


A Escola Politécnica da USP anunciou que está desenvolvendo um novo ventilador pulmonar mecânico para pacientes em estado crítico da Covid-19, que estará disponível em menos tempo e será mais barato do que os modelos utilizados atualmente no SUS.

 

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De acordo com o engenheiro Raul Gonzalez Lima, coordenador do grupo de cerca de 40 pessoas que está à frente da iniciativa, o preço mínimo de um respirador convencional é de cerca de R$ 15 mil. Com o novo projeto da Escola Politécnica, será possível produzir o equipamento a um valor em torno de R$ 1 mil. “Por suas características, o projeto irá viabilizar a construção de alguns milhares de ventiladores a partir de três semanas, e ter milhares produzidos em cinco”, diz o engenheiro.

 

iG

 

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