Presidente americano diz que é preciso acabar com banho de sangue e Secretário de Estado dos EUA defende cessar-fogo imediato
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado que falará com o líder russo, Vladimir Putin, na próxima segunda-feira (19), para discutir um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
“O tema central da ligação será: acabar com o 'banho de sangue'”, escreveu Trump em sua rede social no sábado, um dia após as primeiras conversas diretas de paz desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, em fevereiro de 2022, no dia anterior, na Turquia. Trump expressou a esperança de que “um cessar-fogo seja alcançado e que essa guerra muito violenta, que nunca deveria ter acontecido, termine”.
Também neste sábado, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, enfatizou o apelo de Trump e defendeu "um cessar-fogo imediato na Ucrânia". A declaração foi feita após conversa com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, por telefone, para "trocar pontos de vista sobre os resultados" das negociações em Istambul, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
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Ataque da Rússia contra Ucrânia deixa 9 mortos e feridos
Horas antes do anúncio de Trump, a Rússia bombardeou um ônibus no nordeste da Ucrânia, próximo da fronteira entre os países, deixando nove mortos e sete feridos. As regiões de Donetsk, Kharkiv e Kherson também foram atacadas e outras cinco pessoas morreram.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o ataque deste sábado como "assassinato deliberado de civis", acrescentando que "os russos dificilmente não perceberam que tipo de veículo estavam atingindo". Além disso, lamentou a oportunidade perdida nas negociações de paz na Turquia, dizendo que "a Ucrânia há muito propõe isso: um cessar-fogo total e incondicional para salvar vidas".
Em Istambul, russos e ucranianos concordaram com uma troca significativa de prisioneiros, mas não chegaram a um acordo de cessar-fogo. As conversas foram esvaziadas pela ausência de Putin e Zelensky.
Fontes do governo russo afirmaram à agência Reuters que seus negociadores exigiram que a Ucrânia retirasse suas tropas de todas as regiões ucranianas reivindicadas por Moscou antes de concordarem com um cessar-fogo.
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Zelensky, após a reunião, disse ter discutido o resultado das negociações de Istambul com Trump e os líderes da França, Alemanha, Grã-Bretanha e Polônia. Em uma publicação no X, ele pediu "sanções severas" contra Moscou caso o país rejeite "um cessar-fogo total e incondicional e o fim dos assassinatos".
Fonte: O Globo