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Trump determina 'reforma' do corpo diplomático dos EUA, e exige respeito 'sem divergência' à sua agenda política
Foto: Reprodução

E embora diplomatas profissionais desfrutem de proteções especiais contra partidarismos e retaliação política

A medida foi apontada por analistas americanos como a mais recente de várias ações de Trump para afirmar maior controle sobre os funcionários federais, que o presidente vê em grande parte com uma mistura de suspeita e hostilidade. Trump e seus aliados acreditam que burocratas de esquerda — parte do que chamam de "Estado profundo" — trabalham para frustrar sua agenda, e que ele deveria ter mais poder do que os presidentes anteriores e indicar pessoas leais em todas as partes do governo.

 

No caso do decreto específico, o texto parece desafiar princípios básicos e de longa data do serviço diplomático: que diplomatas de carreira devem ser contratados com base em suas qualificações e experiência, não em suas visões políticas, e que a dissidência deve ser bem-vinda e não punida. E embora diplomatas profissionais desfrutem de proteções especiais contra partidarismos e retaliação política — como outros setores do serviço público federal também possuem — Trump parece ter a intenção de enfraquecer essas proteções.

 

Em um determinado trecho do texto, por exemplo, o decreto afirma que todos os braços de política externa devem elaborar "um meio eficaz e eficiente" de garantir que as ordens do presidente sejam seguidas.

 

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Em uma declaração inicial, a Associação do Serviço Estrangeiro Americano, que representa os diplomatas profissionais, disse que ainda estava avaliando o impacto da ordem. Mas o grupo observou que seus integrantes espalhados ao redor do mundo executam as iniciativas de política externa do presidente, independentemente do partido.

 

O presidente americano, Donald Trump, ao lado de mapa mostrando o 'Golfo da América' na quarta-feira — Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Foto: Reprodução

 

“Esperamos que qualquer administração valorize a expertise e o conhecimento do Serviço Exterior, incluindo sua capacidade de fornecer aconselhamento sobre questões de política externa", disse a declaração, acrescentando que o grupo "sempre defenderia a integridade e a natureza apolítica do Serviço Exterior para que nossos membros possam continuar a servir o povo americano".

 

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Estima-se que a medida afete quase 80 mil funcionários do Departamento de Estado no mundo, incluindo diplomatas de carreira e milhares de civis. Separadamente, autoridades do Departamento de Estado também lidam com mais cortes propostos para o pessoal. Alguns embaixadores foram instruídos nesta semana a apresentar listas de cortes de 10% a 20% dos funcionários que são cidadãos locais, disse uma pessoa informada sobre as demandas, que falou sob condição de anonimato para evitar retaliação. 

 

Fonte: O Globo

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