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Trump quer humanos em Marte nesta década - mas só existe uma data ideal
Foto: Reprodução

A sincronia orbital entre a Terra e Marte, que se alinha a cada 26 meses, oferece uma janela de lançamento crucial para missões espaciais

A promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar astronautas a Marte reacendeu o debate sobre a viabilidade de missões tripuladas ao planeta vermelho.

 

Embora a exploração espacial continue a avançar, alcançar Marte em um futuro próximo apresenta desafios significativos. Entre eles está a janela de lançamento ideal.

 

Por que só há uma oportunidade de lançamento ideal antes de 2029?

 

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A sincronia orbital entre a Terra e Marte, que se alinha a cada 26 meses, oferece uma janela de lançamento crucial para missões espaciais. A próxima oportunidade, no final de 2026, é vital para qualquer projeto ambicioso de exploração de Marte, pois otimiza a trajetória da viagem, reduzindo o consumo de combustível e o tempo de trânsito.

 

A trajetória ideal, conhecida como órbita de transferência de Hohmann, exige menos energia e combustível, tornando a missão mais viável. Aproveitar essa oportunidade é essencial para reduzir custos e tempo de viagem, que normalmente varia de seis a oito meses.

 

Após essa janela, a próxima chance favorável será somente em 2029, tornando a missão de Trump uma corrida contra o tempo.

 

OS DESAFIOS TECNOLÓGICOS E LOGÍSTICOS

 

Além da sincronia orbital, a missão a Marte enfrenta obstáculos tecnológicos e logísticos complexos.


Um dos maiores desafios é desenvolver um sistema avançado de suporte à vida, capaz de reciclar ar e água eficientemente.


Embora a tecnologia atual permita a reciclagem de cerca de 50% do ar e 90% da água, uma missão a Marte exigiria um sistema próximo de 100% de reciclagem.

 

Outro desafio é o transporte de recursos, já que a quantidade de materiais necessários para a missão não cabe em um único lançamento.
A solução para esse problema também passa pela melhoria dos sistemas de reciclagem e reaproveitamento de recursos.

 

A missão tripulada a Marte também depende da produção de combustível no planeta para garantir o retorno dos astronautas. Isso exigiria o envio prévio de infraestrutura para fabricar o combustível, incluindo geradores de energia e máquinas para coletar e processar materiais.

 

O experimento MOXIE, no rover Perseverance, demonstrou a capacidade de extrair oxigênio da atmosfera marciana. No entanto, a quantidade produzida ainda é minúscula, e toneladas seriam necessárias para uma missão tripulada retornar à Terra.

 

A autonomia dos sistemas de produção de combustível é outro desafio. Seria necessário criar máquinas capazes de coletar materiais, processá-los e transformá-los em combustível, tudo isso sem supervisão humana direta.

 

RISCOS E CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA

 

Durante a viagem e em Marte, os astronautas estariam expostos a altos níveis de radiação, aumentando o risco de doenças e danos à saúde a longo prazo. As soluções atuais para proteção contra radiação estão em fase experimental.

 

Além disso, a contaminação biológica é outra preocupação. Cada astronauta carrega um ecossistema de microrganismos que pode comprometer a busca por vida em Marte. A NASA estabelece padrões rigorosos de limpeza para missões robóticas, mas a política para missões tripuladas continua em desenvolvimento.

 

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Apesar dos desafios, a exploração de Marte continua sendo um objetivo importante para a humanidade. No entanto, será necessário superar os obstáculos tecnológicos, logísticos e biológicos para garantir o sucesso de uma missão tripulada.

 

Fonte: Olhar Digital

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