Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira que “milícias digitais” que tentaram acessar o sistema da Corte no domingo, dia das eleições municipais, podem estar articuladas com pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, há dois inquéritos que investigam ataques a ministros do Supremo e atos antidemocráticos realizados neste ano.
— Ao mesmo tempo em que houve o ataque, milícias digitais entraram em ação. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar eleições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF — afirmou Barroso.
O ministro explicou que houve “um ataque massivo vindo dos Estados Unidos, do Brasil e da nova Zelândia tentando derrubar o sistema do TSE”. Barroso afirmou que os ataques foram “devidamente repelidos” e não alcançaram seu objetivo.
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Segundo o Secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Janino, foram realizadas 436 mil conexões por segundo para tentar derrubar o sistema do TSE. Entre 23h25 e 23h43, os ataques foram realizados com 30 gigabytes por segundo.
— Ainda assim o sistema resistiu incólume — disse Barroso.
O presidente do TSE explicou também que foram vazados dados de funcionários do tribunal e de ministros aposentados no dia das eleições, mas o acesso às informações ocorreu “em data pretérita”. Segundo eles, os dados correspondem aos período de 2001 a 2010.
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— Os dados tinham mais de dez anos de antiguidade e a divulgação também foi feita no dia das eleições para dar ideia de vulnerabilidade do sistema — declarou.
O Globo