Uma pesquisa britânica demonstrou que a vacina bivalente, usada contra o papilomavírus humano (HPV), foi capaz de reduzir em cerca de 90% os casos de câncer do colo do útero, também chamado câncer cervical, em meninas que foram imunizadas com idades entre 12 e 13 anos.
Publicado na revista científica The Lancet, o trabalho realizado por pesquisadores do King´s College London e do serviço público de saúde da Inglaterra estimou que a redução nas taxas de câncer cervical foi de 34% para jovens vacinadas entre os 16 e 18 anos e de 62% para pacientes que tomaram o imunizante quando tinham idades entre 14 e 16 anos.
Os especialistas analisaram o efeito inicial da vacinação sobre os registros de câncer cervical e de carcinoma cervical in situ, estágio no qual as células começam a apresentar as primeiras alterações. O grupo que orientou a análise recebeu a vacina entre 2008 e 2010 na Inglaterra e era formado por adolescentes entre 12 a 18 anos.
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Os resultados indicaram diminuição nos casos de carcinoma cervical in situ. A vacina contra HPV diminui as taxas da doença em 97% para jovens imunizadas com menos de 13 anos e 75% para pacientes que receberam a vacina quando tinha entre 14 e 16 anos.
Segundo os pesquisadores, houve uma redução substancial no câncer cervical e na incidência de carcinoma em mulheres jovens após a introdução do programa de imunização contra o HPV na Inglaterra, principalmente nas pacientes que foram imunizadas entre 12 e 13 anos.
“O programa de imunização contra HPV quase eliminou com sucesso o câncer cervical em mulheres nascidas desde 1º de setembro de 1995”, afirmam os cientistas.
HPV
Foi utilizado um padrão quantitativo, chamado modelo de Poisson, para mensurar o risco relativo de câncer cervical em pacientes vacinadas em comparação com pessoas que não eram elegíveis para a vacinação contra o HPV.
O HPV é uma doença sexualmente transmitida que pode causar verrugas ou lesões percursoras de câncer. No Brasil, a imunização é administrada gratuitamente na adolescência. Praticamente todas as pessoas com vida sexual ativa poderão ter contato com o vírus HPV ao longo da vida.
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Além do câncer do colo do útero, mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são provenientes da infecção pelo vírus.
Fonte: Metrópoles