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Internacional
02/09/2020

Vídeo mostra policiais colocando capuz na cabeça de homem negro que morreu asfixiado nos EUA. VEJA

Foto: Reprodução

Caso ocorreu em março, mas família teve acesso às imagens gravadas por policiais e decidiu divulgar.

Vídeo divulgado nesta quarta-feira (2) mostra o momento em que policiais colocam uma espécie de capuz na cabeça de um homem negro, identificado como Daniel Prude, perto de Nova York. Ele morreu por asfixia sete dias depois.

 

Prude morreu em 30 de março, mas a divulgação das imagens vem em um momento de debate sobre a violência policial e o racismo nos Estados Unidos. O país vive onda de protestos com a morte de George Floyd, em maio, e, mais recentemente, após policiais balearem sete vezes Jacob Blake pelas costas.

 

As imagens mostram Prude, nu, cooperando com os policiais e atendendo às ordens de ficar no chão e com as mãos atrás das costas e é algemado. Nevava em Nova York, e ele pediu que os agentes o deixassem ir. 

 

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Ainda preso no chão, Prude começou a se contorcer e a gritar para que os policiais o liberassem. Em um momento, ele — algemado — grita: "Me dá sua arma, vou precisar".

 

É aí que os agentes de segurança colocam sobre a cabeça do homem uma espécie de capuz feita para evitar que a saliva do preso escape e passe para os policiais — a medida se tornou padrão com a pandemia do novo coronavírus, e Nova York vivia o início da fase mais grave do surto.

 

 

Prude, então, começou a se debater e implorava que os policiais o liberassem. Um deles começou a segurar a cabeça do homem sobre o asfalto, apertando o capuz, enquanto outro se ajoelhava sobre as costas da vítima. Essa ação durou cerca de dois minutos. Policiais chegaram a rirenquanto ele se debatia no chão.

 

Sem ar, Prude parou de gritar. E somente quando começa a sair água da boca dele, os policiais demonstraram preocupação. No fim do vídeo, uma ambulância é vista, e médicos começam a fazer procedimentos de reanimação para tentar salvar o homem.

 

Policiais ainda seguram Daniel Prude, um homem negro, no chão mesmo com a presença de uma ambulância — Foto: Rochester Police via Roth and Roth LLP via AP

Policiais ainda seguram Daniel Prude, um homem negro,

no chão mesmo com a  presença de  uma ambulância

(Foto: Rochester Police via Roth and Roth LLP via A

 

Um médico concluiu que a morte de Prude foi um homicídio causado por complicações de asfixia por ação física. O relatório aponta como fatores complicadores a situação de delírio em que Prude estava e intoxicação por fenciclidina, droga analgésica que causa alucinações.

 

Irmão tinha pedido ajuda


De acordo com a agência Associated Press, Daniel Prude morava em Chicago e havia acabado de chegar em Rochester, na região de Nova York, para visitar a família. O irmão Joe Prude, então, ligou para os serviços de emergência para avisar que Daniel tinha saído de casa com aparente problemas de saúde mental.

 

"Eu telefonei para pedir ajuda ao meu irmão. Não para ele ser linchado", disse Joe em entrevista.

 

A investigação está a cargo da procuradora-geral de Nova York, Letitia James — pela lei local, mortes de pessoas desarmadas em ações policiais vão para inquérito estadual.

 

Um policial argumentou que colocou o capuz porque ele cuspia na direção dos policiais e que estavam preocupados com o coronavírus.

 

O irmão Joe Prude, o mesmo que avisou as equipes de emergência, criticou a ação policial em entrevista nesta quarta. "Como vocês o veem e não dizem: 'O homem está sem defesas, preso e nu no chão. Ele já está algemado'? Por favor!", questionou.

 

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"Quantos mais irmãos vão morrer até a sociedade entender que isso precisa parar?" 

 

G1

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