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06/10/2020

Vídeo mostra publicitário sendo agredido por 3 homens durante passeio com cão; vítima acusa agressores de homofobia e racismo. VEJA AS IMAGENS

Foto: Reprodução

Imagens mostram a Guarda Civil Metropolitana separando agressores de Robson Vieira, na rua Martins Fontes, no domingo (4). Caso foi registrado na delegacia apenas como lesão corporal pela Polícia Civil e os envolvidos foram liberados.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um publicitário que passeava com seu cachorro é agredido por três homens, na calçada da Rua Martins Fontes, na Consolação, Centro de São Paulo, no último domingo (4).

 

Robson Vieira, de 33 anos, disse nesta terça-feira (6) que ele foi agredido por ser gay e negro. Ele acusou os agressores de homofobia e racismo, mas a Polícia Civil registrou o caso apenas como "lesão corporal" no 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

 

No Termo Circunstanciado (TC), o publicitário aparece como a única vítima e os três homens como seus agressores. Todos os quatro envolvidos na ocorrência foram levados à delegacia pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e liberados após prestarem depoimento. A reportagem não conseguiu identificar ou localizar os outros homens para comentarem o assunto.

 

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“Por mais que eu tenha falado e por mais que a minha testemunha tenha falado, não saiu como homofobia e nem tão pouco racismo. Inclusive um dos pontos que eu fiquei revoltado e questionei é que no meu boletim de ocorrência entrou como pardo. E eu não me defino como pardo. Eu sou negro”, disse Robson.


O caso veio à tona após a divulgação das agressões na web pelos moradores e também com o próprio relato de Robson, denunciando as agressões por meio do Instagram.

 

"A história foi bem essa, eu estava passeando na rua com meu cachorro e eles começaram a me insultar me chamando de negro safado e vieram para cima de mim", diz o publicitário na rede social.


Nas filmagens é possível ver Robson sendo cercado pelos três homens. Um deles ainda dá uma gravata no publicitário e depois o agride. Outros dois colegas dele também batem na vítima com murros. Num dos golpes que sofreu, Robson cai na calçada.

 

As imagens foram gravadas por moradores do bairro. As agressões contra o publicitário só terminaram com a chegada da GCM. Alguns motoristas buzinam e moradores gritam e pedem para cessar as agressões. Robson teve ferimentos nos lábios por conta dos socos que sofreu no rosto (veja abaixo). Marley, o cachorro, não foi ferido, mas se assustou com a agressão, segundo conta o dono.

 

“Eu estava andando na rua, eles começaram a me insultar. E aí eu comecei a me defender, enfim, falar também. Eles começaram ainda a gritar comigo, falando palavras ofensivas, palavras homofóbicas”, disse a vítima.


Homofobia, racismo e agressões

 

 

Fotos: Reproduções

 

De acordo com o publicitário, além das ofensas homofóbicas, um dos agressores tirou a guia do cachorro dele e a jogou em cima do telhado de um imóvel. Depois, o trio começou a insultá-lo com palavras racistas e agressões, segundo a vítima.

 

“Bom e aí no meio dessa confusão toda, os dois ali começam a me bater desenfreadamente e me xingar, me chamando de preto safado, essas coisas, tem que apanhar, tem que morrer e eu tentando segurar o cachorro para ele não fugir”, afirmou Robson. "Um deles partiu mais agressivo para cima de mim. Eu peguei a guia do cachorro e tentei me defender, enfim, essa é a realidade toda. Nesse meio tempo, esse cara, ele conseguiu me acertar”, completa.


O que dizem GCM e SSP


Procurada pela reportagem, a Guarda Civil Metropolitana se pronunciou por meio de nota da Secretaria Municipal da Segurança Urbana enviada pela prefeitura, na qual informa que "foi chamada em decorrência de uma briga envolvendo quatro pessoas. Após atendimento médico todos os envolvidos foram encaminhados para o 78º Distrito Policial."

 

A SSP também foi questionada para explicar porque o caso foi registrado como lesão corporal e não homofobia ou racismo, como denunciou à vítima. Por meio de nota, a pasta da Segurança informou que o 78º DP registrou o caso como lesão "após analise dos fatos e das oitivas dos envolvidos".

 

"A vítima manifestou interesse em representar criminalmente contra os autores, razão pela qual o caso foi encaminhado ao Jecrim [Juizado Especial Criminal]. Durante os depoimentos, não foram relatados outros crimes a serem registrados, no entanto, a Polícia Civil reitera que está à disposição para apurar denúncias de outras naturezas, tão logo elas sejam registradas", informa outro trecho da nota da Secretaria da Segurança.

 

A diferença básica entre o Termo Circunstanciado e o Boletim de Ocorrência é que, no primeiro caso, ele é levado ao Juizado Especial Criminal. E no segundo, segue para a Justiça Comum.

 

Apesar disso, Robson contou que os dois advogados dele, especializados em causas LGBT e de racismo, vão entrar com ações na Justiça para que os agressores sejam punidos na esfera cível e criminal.

 

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G1

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