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14/06/2020

Veja quem são os jovens que ajudaram a eleição de Bolsonaro com postagens nas redes sociais

Foto: Divulgação

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e membros do grupo “300 do Brasil” fazem manifestação perto do Congresso Nacional neste sábado

O presidente Jair Bolsonaro sempre creditou sua vitória eleitoral em 2018 à estratégia digital traçada pelo filho “02”, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), nas mídias sociais.

 

A estrutura, que começou a ser montada com a contratação de jovens na casa dos 20 anos, criadores de páginas de paródias no Facebook, é chamada por ex-aliados do governo de ‘‘gabinete do ódio”, núcleo que funcionaria no Palácio do Planalto para atacar os adversários nas redes.

 

O recrutamento foi selado numa reunião do clã Bolsonaro com esses jovens no salão de festas do primogênito, o senador Flávio Bolsonaro, em 11 de março de 2017.

 

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Mas foi Carlos que descobriu primeiro o potencial das redes sociais para a família. Ele está no Twitter desde agosto de 2009. Pelo Facebook, recrutou dois dos principais assessores do pai, em 2013.

 

 

O primeiro foi o cearense José Mateus Sales Gomes, da página ‘‘Bolsonaro Zuero’’. De Campina Grande (PB) veio o criador da página “Bolsonaro Opressor”, Tércio Thomaz. Seis anos depois, ambos trabalham no Palácio do Planalto. Eles foram os precursores de vários outros que Carlos foi descobrindo e levando para o clã. Agora, na Presidência, também está Mateus Diniz, engenheiro formado há dois anos.

 

Religioso, Mateus defende a castidade, inclusive recomenda em seu Instagram: “Use cinto apertado para que ele te lembre do seu compromisso”. Defende que “não existe sexo fora do casamento. O que existe fora é uma tentativa de emular o sexo imitando seus acidentes”.

 

Bem antes da campanha eleitoral que os levou ao poder central, e à diferença da narrativa de apoio espontâneo nas redes sociais, os Bolsonaro organizaram reuniões com criadores de páginas na internet.

 

O primeiro encontro presencial foi o do dia 11 de março de 2017, um sábado, no edifício onde Flávio mora, na Barra da Tijuca. Carlos Bolsonaro registrou o momento no Instagram no dia seguinte: “Reunião sábado à noite, com alguns representantes de diversos grupos, com o objetivo de endireitar o Brasil (AM, CE, PE, SP, RJ, MG, PA, PB, PR)”.

 

Ataques orquestrados em reunião

 

Quem esteve na reunião de 2017 diz que, já pensando na eleição do ano seguinte, a família Bolsonaro discutiu a organização das páginas, a criação de grupos no WhatsApp e introduziu a estratégia sobre ataques a adversários. A produção de memes e ataques seria parte da estratégia: obter uma estrutura de comunicação que pudesse ser operada diretamente, de ponta a ponta.

 

O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), então vereador de Niterói, estava presente, mas nega ter havido discussões sobre ataques a rivais e diz que foi só um momento de “aproximar os movimentos da família Bolsonaro”.

 

Alex Junqueira, ex-assessor do deputado estadual de São Paulo Gil Diniz, que por sua vez assessorou Eduardo Bolsonaro, afirma que, quando conheceu Gil, o trabalho dele para o filho de Jair Bolsonaro era produzir memes para atacar adversários. Diniz criou a página “Carteiro Reaça”.

 

— O que ele (Diniz) sabia fazer era assassinar a reputação dos outros — disse Junqueira.

 

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Diniz afirma que Junqueira também postava as mensagens que “agora chama de ataques” e tornou-se adversário político. O EXTRA procurou o Palácio do Planalto, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, mas eles não responderam.

 

Extra

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