17 de Junho de 2024 - Ano 10
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26/05/2024

Vendedor de celulares disse à polícia que suposto sequestrador e amante de Anic Herdy se gabava de ter quatro esposas

Foto: Reprodução/Internet

Policiais da 105ªDP (Petrópolis) trabalham com a hipótese de que vítima tenha sido assassinada

Preso acusado de estar por trás do desaparecimento da advogada Anic Herdy, Lourival Correa Netto Fadiga é descrito como um galanteador na denúncia do Ministério Público do Rio sobre o caso. Parte do resgate pago pelo marido de Anic teria sido destinada à compra de 950 celulares, para abastecer uma loja administrada por uma filha de Lourival, segundo a Polícia Civil. Em depoimento, Haled Hassan Sleiman, que vendeu os aparelhos ao suspeito no Paraguai (por um valor equivalente a quase R$ 900 mil), afirmou que seu cliente se gabava de ter várias “esposas”. O comerciante disse ainda ter visto Lourival acompanhado por diferentes mulheres no país.

 

Investigações o apontam como amante de Anic, que teria forjado um sequestro dela mesma para ajudá-lo a receber um resgate de R$ 4,6 milhões, pago por seu marido, o professor Benjamim Herdy. Aparentemente, a advogada agiu por amor, mas, de acordo com agentes, nunca foi correspondida: além da possibilidade de ter sido morta após o pagamento milionário, ela era uma das três “mulheres” de Lourival, segundo o inquérito da Polícia Civil.

 

No inquérito, a Polícia Civil aponta ao menos três relacionamentos simultâneos de Lourival com mulheres: Rebecca, Patrícia e a própria Anic, com quem parecia ter um caso. O suspeito é descrito por conhecidos como um homem galanteador, bom de papo, além de ser lembrado como brincalhão.

 

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Haled tem descendência árabe e se apresenta como um comerciante de eletrônicos com atuação há 40 anos no Paraguai. Ele teria conhecido Lourival logo após o início da pandemia de Covid-19, que o procurava regularmente para fazer compras de eletrônicos, como celulares, tablets e notebooks, pagos em dólar.

 

Para justificar a compra dos 950 celulares, avaliados em mais de US$ 153,9 mil dólares, Lourival teria dito a Haled que vendeu uma casa nos Estados Unidos. Além disso, ele dizia ser investigador da Polícia Federal no Brasil, o que já foi desmentido pela instituição.

 

MATERIAL GENÉTICO

 

A Polícia Civil recolheu material genético cedido pela família da advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, que desapareceu no dia 29 de fevereiro após sair a pé de um shopping, em Petrópolis, na Região Serrana. A coleta aconteceu no Instituto-Médico Legal da cidade onde o desaparecimento ocorreu. Amostras colhidas a partir de saliva servirão para exames de confronto de DNA, caso a polícia consiga localizar algum corpo, suspeito de ser o da advogada. A família de Anic chegou a pagar R$ 4,6 milhões exigidos por uma pessoa que, por mensagens de texto enviadas para o telefone de Benjamim Cordeiro Herdy, de 78, marido da vítima, dizia estar com a estudante em seu poder.

 

Apesar do pagamento, ela continua desaparecida. Uma das hipóteses investigadas por policiais da 105ªDP (Petrópolis) é a de que Anic tenha sido assassinada e seu corpo esteja escondido. Quatro pessoas suspeitas de envolvimento no caso estão presas, entre elas o técnico de informática Lourival Correa Netto Fadiga, amigo da família da vítima há três anos. Segundo a polícia, ele se apresentava falsamente como policial federal e era responsável pela segurança do núcleo familiar da advogada, chegando inclusive a acompanhar Anic e o marido em algumas viagens. Nesta quarta-feira, policiais civis chegaram até um sítio de Guapimirim. O endereço havia sido pesquisado na internet por Lourival, principal suspeito pelo desaparecimento, que está preso preventivamente por ordem da 2ª Vara Criminal de Petrópolis.

 

Os agentes responsáveis pela investigação do caso contaram com apoio de cães farejadores das guardas municipais de Petrópolis e Teresópolis. Alguns pontos chegaram a ser escavados, mas nada foi encontrado. A Polícia Civil já adiantou que vai continuar a trabalhar em um inquérito, aberto em separado, para apurar o que aconteceu com a advogada.

 

Já outro inquérito, que indiciou Lourival e mais três pessoas por crime de extorsão mediante sequestro, foi concluído e remetido à Justiça. Anic e Benjamim são casados há cerca de 20 anos. Ele é filho do fundador de um complexo educacional, que deu origem a uma universidade particular, vendida pela família, em 2021, para outro grupo educador.

 

No dia 11 de março, após sucessivos contatos por mensagens de texto, Benjamim foi instruído a levar uma parte do dinheiro numa mochila, acompanhado de Lourival, até um shopping, na Zona Oeste. No meio do caminho, o suspeito disse ter recebido uma mensagem determinando que ele próprio deveria levar o resgate até uma cesta de lixo do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto Benjamim seguiria para o shopping, onde Anic seria liberada.

 

A polícia descobriu, que na realidade, Lourival foi até uma concessionária de carros, na Barra da Tijuca, onde comprou uma picape por R$ 500 mil, pagando em espécie. Ele também adquiriu uma motocicleta por R$ 30 mil. Além disto, Benjamim depositou cerca de R$ milhões em contas de doleiros, indicadas pelo suspeito.

 

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O caso foi comunicado aos policiais da 105ªDP por um parente de Anic, no dia 14 de março. Seis dias depois, no dia 20, Lourival Correa Netto Fadiga foi preso. Além dele, dois filhos e uma ex-namorada do suspeito também estão presos. Eles são suspeitos de ajudarem de alguma forma ao técnico de informática a executar o golpe

 

Fonte: Extra

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