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17/09/2022

Vídeo mostra ganhador da Mega-Sena momentos antes de ser sequestrado e assassinado

Foto: Reprodução

Polícia Civil identificou quatro suspeitos do assassinato e prendeu um deles neste sábado (17). Vítima não tinha relação com autores, segundo delegada.

Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil neste sábado (17) mostram os últimos momentos de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, antes de ser abordado, agredido e morto por criminosos em Hortolândia (SP).

 

Um dos vídeos mostra Jonas Lucas andando pela rua por volta de 6h, pouco depois de sair de uma padaria. Outra imagem mostra uma caminhonete e um carro que, segundo a polícia, foram usados na abordagem do milionário. A diferença entre os vídeos é de cerca de 10 minutos.

 

Os vídeos auxiliaram a investigação do Deic de Piracicaba, que identificou quatro pessoas suspeitas do assassinato. Três seguem foragidas até a noite deste sábado (17), e um homem foi preso.

 

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Policiais cumpriram, ainda, dois mandados de busca e apreensão em endereços de dois dos investigados. Segundo a delegada que investiga o caso, Juliana Ricci, Jonas Lucas foi vítima de "extrema violência". Durante o período em que ele ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas contas e houve uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.

 

Outro vídeo, este de uma câmera de uma agência bancária, mostra um dos suspeitos fazendo saques e transferências com o cartão da vítima. O homem que aparece na imagem continuava foragido até esta publicação.

 

Jonas foi raptado depois de sair para caminhar na terça (13), sendo abandonado às margens do km 104 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia (SP), próximo da alça de acesso da SP-101.

 

Ele foi socorrido e apresentava sinais de espancamento. Chegou a ser levado ao hospital, mas morreu. Segundo a investigação, tudo indica que o grupo tinha conhecimento da situação financeira de Jonas Lucas, mas ele não os conhecia.

 

Saques e transferência


Em coletiva de imprensa na tarde deste sábado, a delegada Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba (SP), informou que a vítima foi rendida em um local próximo à sua casa e levada em uma caminhonete modelo S-10 prata dirigida por um rapaz de 22 anos, com passagens pela polícia por estelionato, receptação e que deixou o sistema prisional em setembro de 2021.

 

Outro veículo utilizado na ação é um Fiesta preto que era dirigido por um homem de 38 anos, sem antecedentes criminais. Em seguida, a vítima foi levada até uma agência bancária localizada em Campinas (SP) onde, com o cartão de banco da vítima e senha, os criminosos habilitaram um aplicativo de telefone, por meio do qual conseguiram realizar dois saques no valor de R$ 1 mil e uma transferência no valor de R$ 18,6 mil para a conta de um terceiro investigado, que tem 24 anos.

 

Prisão


O suspeito preso neste sábado chama-se Rogério Spínola, de 48 anos, e tem uma série de passagens pela polícia por crimes como roubo, furto, homicídio, estelionato e lesão corporal.

 

Segundo a delegada, o homem cumpriu 15 anos de prisão e saiu da penitenciária em dezembro do ano passado. A prisão deste sábado ocorreu em Santa Bárbara d'Oeste e, segundo a polícia, ele nega participação no crime.

 

Os outros três suspeitos, dois homens e uma mulher trans, também são de Santa Bárbara d'Oeste e mandados de prisão temporária contra eles já foram emitidos pela Justiça. Eles são procurados pelas equipes policiais.

 

Neste sábado, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de dois dos investigados, que estavam com os dois veículos utilizados no crime.

 

Segundo a Polícia Civil, as investigações prosseguem com análise de provas colhidas nessas ações e novas quebras de sigilos bancários e telefônicos.

 

Prêmio motivou o crime


Antes da prisão, Polícia Civil já havia afirmado que a morte de Jonas Lucas foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena.

 

Segundo a delegada Juliana Ricci, uma tentativa de saque de R$ 3 milhões foi feita via aplicativo de mensagens.

 

O crime


Jonas foi abandonado às margens do km 104 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia (SP), próximo da alça de acesso da SP-101. Ele foi socorrido e apresentava sinais de espancamento. Chegou a ser levado ao hospital, mas morreu.

 

A advogada da família relatou à polícia que a vítima havia levado apenas carteira e documentos para a caminhada. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica.

 

Depois de ser encontrado, o homem foi socorrido pelo resgate da concessionária Autoban ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.

 

O médico da unidade que atendeu Jonas Lucas atestou traumatismo cranioencefálico como causa da morte. A Polícia Civil tenta descobrir como e quando foi a abordagem, além de quantas pessoas estão envolvidas.

 

O corpo de Jonas foi enterrado na sexta-feira (16). Um ônibus foi disponibilizado para levar amigos e vizinhos ao enterro. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP).

 

'Era simples'


Vizinho do milionário da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem acreditava que Jonas tinha ganhado a bolada em razão de como ele levava uma vida simples.

 

"Era igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar [o assasssino], de qualquer maneira", disse.

 

Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.

 

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"Eu fui muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. [Após o prêmio] era a mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido", lembra Luiz. 

 

VEJA VÍDEO: 

 

 

Fonte: G1

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