Se confirmada, descoberta sugere que demências podem ser evitadas com tratamentos simples contra o vírus herpes simplex
Após acompanhar cerca de mil adultos por 15 anos, pesquisadores da Suécia descobriram que pessoas com anticorpos contra o vírus herpes simplex tipo 1 têm o dobro de chance de desenvolver demência. Apesar de muitas pessoas com o vírus não apresentarem sintomas, o mais comum deles é o aparecimento de bolhas e inflamações ao redor da boca.
Por enquanto, a ciência acredita que dois fatores principais influenciam no desenvolvimento de demências: a presença do gene APOE-4 e a idade.
O estudo das universidades de Uppsala e Umeå é um dos primeiros a mostrar que infecções também podem estar relacionadas com o declínio cognitivo. A maioria das equipes de pesquisa neurológica ainda está começando a incorporar especialistas em microbiologia e virologia, uma vez que o assunto ainda é novidade.
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O levantamento foi publicado na última terça (13/2) na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease. O Alzheimer, a demência mais comum, acontece a partir da formação de placas de proteínas que se acumulam no cérebro — os cientistas apontam que a existência delas pode ser justificada por respostas imunológicas descontroladas a ataques ao sistema nervoso central, como o causado pela infecção da herpes.
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Mais uma pesquisa, que está testando os efeitos do tratamento contra herpes em pacientes com Alzheimer, deve ser concluída no final de 2024. “Os resultados podem impulsionar a pesquisa sobre demência a tratar a doença em estágio inicial, usando medicamentos comuns contra o vírus da herpes, ou prevenir a infecção antes que ela aconteça”, explica a epidemiologista Erika Vestin, responsável pelo estudo.
Fonte: Metrópoles