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Arte e Fama
13/06/2018

Conheça a ex-prostituta que inspirou a atriz Letícia Colin, a Rosa, em ‘Segundo sol’

Foto: Gerald Blake Lee

Gabriela em clique feito por seu marido, Gerald Blake Lee

Antes de viver uma prostituta em “Segundo sol’’, Letícia Colin encontrou na paulista Gabriela Natália da Silva, de 28 anos, um modelo para compor a personagem Rosa.

 

A fonte inspiradora, citada pela atriz quando a trama foi lançada, trouxe Gabriela de volta aos holofotes dos quais ela já era íntima, quando atendia pelo pseudônimo “Lola Benvenutti”. A moça ficou conhecida por publicar em um blog as experiências vividas em três anos como garota de programa.

 

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— Sempre tive uma relação natural com o corpo. Cobrar por ele foi um elemento a mais, assim como dividir isso com as pessoas. Eu estava numa fase de libertação, seguia o lema “meu corpo, minhas regras’’ — lembra Gabriela, que abandonou o codinome e adotou o sobrenome do marido, o americano Gerald Blake Lee, cofundador da Azul Linhas Aéreas.

 

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'Sempre tive uma relação natural com o corpo. Cobrar por ele foi um

elemento a mais, assim como dividir isso com as pessoas',

diz Gabriela (Foto: Reprodução)


Não foram só as histórias inusitadas sobre a prostituição que chamaram a atenção do público de Gabriela, que soma mais de 36 mil seguidores em uma rede social. Sua bem-sucedida carreira universitária também impressiona. Formada em Letras pela Universidade Federal de São Carlos, ela agora é doutoranda pela Universidade Estadual Paulista. Apontada como sucessora de Bruna Surfistinha, já lançou dois livros sobre sua vida (“Por que os homens me procuram?’’ e “O prazer é todo nosso’’) e fala abertamente sobre os motivos que a levaram a fazer sexo por dinheiro: a curiosidade e o desejo de se sentir livre sexualmente. A imagem de prostituta bem-resolvida foi, inclusive, o que chamou a atenção de Letícia Colin.

 

— Muitas marcas ficam, e a do preconceito é a maior delas. Tenho orgulho do que vivi, mas pago um preço pelas escolhas. Depois de passar pela prostituição, ela é considerada em tudo o que se faz na vida — diz Gabriela.

 

Letícia Colin buscou inspiração na vida real para

compor Rosa (Foto: Reprodução)


Nem o casamento de quatro anos consegue escapar dos olhares de reprovação.

 

— Acham que o meu marido foi meu cliente, mas não foi. O fato de que eu expus a minha vida não dá o direito de invadirem todos os meus limites.

 

Vida real no horário nobre x Relação com a família

 

 

 

Enquanto Rosa luta para esconder dos pais a profissão, Gabriela conta que os seus sofreram ao saber: “Minha mãe se sentiu fracassada no papel dela, ainda que fosse escolha minha. A relação com meu pai até hoje não é boa’’.

 

Discriminação

 

 

 

Pouco estudiosa, Rosa ainda não vivenciou o preconceito em sala de aula. Gabriela já. Uma professora disse a colegas que não a convidaria para visitar a própria casa, porque ela poderia “roubar o marido”. Mulheres de alguns professores também reclamaram após eles aprovarem a aluna em suas disciplinas.

 

Ponto final

 

A personagem de Letícia está longe de abandonar a prostituição. Gabriela também já se viu dependente: “O papel de sedutora que criei para me libertar começou a me aprisionar em algum momento. Me senti refém e resolvi parar”.

 

Humanização

 

 

Fotos: Reprodução

 

Gabriela acredita que “Segundo sol” pode ter um papel decisivo na imagem que o público tem das prostitutas: “É possível fazer as pessoas repensarem e olharem com mais carinho. Não é preciso tratar como escória, nem como princesa. É uma profissão com altos e baixos como qualquer outra. Só é tabu”.

 

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