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01/12/2022

'Apontou arma para minha filha de 4 anos', relata mulher detida por delegado que teria descumprido medida protetiva. VEJA VÍDEO

Foto: Reprodução

Defesa informou que pedirá o afastamento de Bruno França, que entrou na casa, em um condomínio de luxo de Cuiabá, e disse, durante a ação com policiais armados com fuzis, que explodiria a cabeça dela.

A mulher detida pelo delegado Bruno França, da Polícia Civil, em um condomínio de luxo de Cuiabá, contou à TV Centro América nesta quarta-feira (30) que ele apontou a arma para a filha dela, de 4 anos. Ação foi motivada, segundo a Polícia Civil, pelo suposto descumprimento de medida protetiva contra um adolescente de 13 anos, enteado do delegado.

 

As câmeras da casa da mulher registraram a ação policial, realizada na noite de segunda-feira (28). As imagens mostram França bastante agressivo. Ele arromba a porta, manda que todos deitem no chão e, em determinado momento, diz que vai explodir a cabeça da mulher. A menina grita e pede que parem com abordagem.

 

“Minha filha tem 4 anos e ele gritava demais ‘vou estourar a sua cabeça’. Meu marido pedia calma e minha filha pedia ‘por favor, para tio, não faz isso’ e ele falava ‘manda essa menina calar a boca’ e apontou a arma para ela. Ele foi agressivo”, contou a mulher, que não quer ser identificada.

 

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Procurado nesta quarta-feira (30), o delegado Bruno França informou que não se manifestaria e aguarda posicionamento da Corregedoria da Polícia Civil.

 

Em nota enviada à imprensa na terça-feira (29), o advogado de França, Diogenes Curado, disse que a mulher persegue o enteado do delegado e comete agressões verbais e ameaças físicas em locais públicos, como quadras de esporte. Afirmou também que a última agressão aconteceu na noite de segunda-feira (28) e que “na condição de autoridade policial, pediu apoio de outros agentes de segurança e, tendo conhecimento da medida protetiva expedida pela Justiça, efetuou a prisão em flagrante”.

 

Até o momento, a corregedoria comunicou que tomou conhecimento da conduta do delegado e vai apurar os fatos.

 

A mulher contou que, no momento da ação policial, fazia a filha dormir e assistia à televisão, enquanto o marido fazia uma sessão de massagem.

 

“Ninguém entendeu aquele absurdo. Foi uma cena de terror, ameaça o tempo inteiro. Nada justifica essa agressividade”, relatou a mulher, que passou por uma cirurgia recente na mão e está com drenos.

 

A família morava em outro condomínio, onde o filho de 11 anos passou a ser agredido e a sofrer bullying por crianças do bairro – entre elas, conforme Pouso, o enteado do delegado. Por isso, decidiram se mudar.

 

“Fiquei em desespero e meu marido deu a ideia de mudar de casa, porque a gente não aguentava mais. As famílias foram notificadas e ninguém veio falar com a gente. Meu marido conversou com alguns pais sobre a situação e alguns entenderam. Antes de acontecer isso, eu vi vários episódios de xingamentos, de empurrões. A vítima é meu filho e, agora, minha filha de 4 anos. Ela está sem dormir”, disse a mãe.

 

O delegado alega que, mesmo morando em outro lugar, a mulher perseguia e agredia verbalmente o enteado.

 

A ação liderada pelo delegado, que estava acompanhado de três policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE) armados com fuzis, foi motivada pelo descumprimento de uma medida protetiva contra a mulher, que não pode se aproximar do enteado de França.

 

A medida protetiva para o adolescente foi emitida no contexto de uma investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, segundo o governo estadual.

 

Porém, o advogado que representa a família da mulher, Rodrigo Pouso, alega que nem ele nem a cliente tinham, até então, sido notificados sobre a determinação e nem conheciam o teor dela. No processo do caso, consta um oficial de justiça tentou notificá-la no condomínio onde eles moravam antes.

 

O documento, segundo ele, se aplica na escola e no condomínio do enteado do delegado, de onde a mulher já se mudou.

 

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“Alguém trouxe esse menor [no condomínio]. Como cumprir uma medida protetiva que ela não tem conhecimento e no condomínio onde ela mora? Quem errou foi quem trouxe o menor no condomínio. Quem não era para estar lá era o menor”, diz o advogado, que informou, também, que vai pedir o afastamento do delegado e processá-lo por danos morais e materiais. “Foi um trauma irreparável à família”, justificou. 

 

Fonte: G1

 

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