26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Política
06/07/2022

Cármen Lúcia envia para análise da Procuradoria-Geral da República indícios de interferência de Bolsonaro nas investigações do MEC

Foto: Reprodução

Caso foi enviado ao STF após gravação indicar que o presidente alertou ex-ministro de operação da Polícia Federal. Caberá à procuradoria avaliar se há elementos para abrir apuração formal sobre Bolsonaro.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Procuradoria-Geral da República as suspeitas de que o presidente Jair Bolsonaro interferiu nas investigações de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação. A Polícia Federal apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas da pasta.

 

Caberá à Procuradoria avaliar se há elementos para abrir uma manifestação formal contra Bolsonaro. Neste momento, Bolsonaro não é alvo da investigação.

 

As investigações foram enviadas ao Supremo pela Justiça Federal em Brasília após a Polícia Federal e o Ministério Público Federal terem apontado indícios de que Bolsonaro teria alertado o ex-ministro Milton Ribeiro sobre a operação da PF.

 

Veja também 

 

Alcolumbre articula com Centrão e Planalto aprovação a jato de PEC que permite parlamentar ocupar embaixada sem renunciar mandato

 

MEC: Bolsonaro pede que STF suspenda ordem de Moraes à PGR

Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado "pressentimento" de que o ex-ministro poderia ser usado para atingir o presidente. Na conversa, Ribeiro também fala da possibilidade de ser alvo de busca e apreensão, como de fato foi, dias depois.

 

"Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?", disse Ribeiro. Em seguida, o ex-ministro afirma: "Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê", disse o ex-ministro.

 

INVESTIGAÇÃO 

 

No fim de junho, Milton Ribeiro foi preso em uma operação da Polícia Federal que investiga desvio de verbas do Ministério da Educação por meio de pastores que supostamente pediam propina a prefeitos para acelerar a liberação de recursos da pastas. No dia seguinte, por ordem judicial, o ex-ministro e os pastores foram soltos.

 

O delegado responsável pela operação, Bruno Callandrini, em mensagem enviada a colegas da Polícia Federal, apontou "interferência" na investigação. Segundo ele, Milton Ribeiro estava "ciente da execução de busca e apreensão".

 

O Ministério Público Federal também viu interferência no caso e, com base nas ligações interceptadas e nas afirmações do delegado, pediu à Justiça para investigar eventual participação de Bolsonaro.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

O juiz Renato Boreli, da 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e remeteu o caso para o STF. 

 

Fonte: G1

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.