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CPI do Master já tem assinaturas, mas ex-ministro de Bolsonaro opera contra nos bastidores
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Até a última quarta-feira (23), 28 senadores já haviam subscrito o documento, um a mais do que o mínimo necessário

De acordo com quatro senadores ouvidos reservadamente pelo blog ao longo dos últimos dias, tanto do campo governista quanto da oposição, Ciro tem articulado nos bastidores contra a instalação da CPI, tentando convencer colegas a não endossar o requerimento de abertura do colegiado, capitaneado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). Até a última quarta-feira (23), 28 senadores já haviam subscrito o documento, um a mais do que o mínimo necessário.

 

“O lobby contra a CPI está pesado nos bastidores. Boa parte dos senadores não vai se vender, mas evidentemente que tem gente que tem preço”, alfinetou o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que assinou o requerimento de criação do colegiado e fala abertamente sobre o assunto.

 

Esta não é a primeira vez que Ciro age para atender aos interesses do Master. Conforme informou o colunista Lauro Jardim, o senador deixou o mercado financeiro em polvorosa no ano passado, ao tentar emplacar, na PEC que garante a autonomia financeira do Banco Central, uma alteração que ficou conhecida como “emenda Master”.

 

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O texto aumentava de R$ 250 mil para R$ 1 milhão a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para as aplicações financeiras como o CDB, principal produto do Master. A ideia foi rejeitada pelo relator da PEC na CCJ, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

 

Agora, o problema do Banco Master é outro. O pano de fundo da CPI é a controversa compra de ações do Master pelo BRB, banco estatal de Brasília, que está na mira do Ministério Público e provocou mal-estar na cúpula do governo do Distrito Federal, conforme informou o blog. O negócio foi feito sob as bênçãos de Ciro Nogueira e do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que são próximos de Vorcaro.

 

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Até agora, 28 senadores – de partidos como PL, Novo, PDT, Podemos, PSD, Republicanos, MDB, PT e até do União Brasil (Sergio Moro e Márcio Bittar) – já endossaram o pedido de abertura da comissão. Izalci pretende angariar mais apoio até a próxima semana, quando pretende protocolar o pedido de abertura da CPI.

 

A CPI pretende investigar detalhadamente os balanços do Master, os relatórios de supervisão do Banco Central e da CVM, além dos termos da negociação com o BRB, “buscando identificar omissões específicas e avaliar a adequação das normas vigentes”. “Pelo menos uma parte do Senado não irá se render a essa história mal contada”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que também apoia a CPI. “É uma comissão extremamente necessária para colocar luz nas sombras dessa transação a toque de caixa, onde até a esposa de um ministro do STF foi contratada.”

 

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Conforme revelou o blog, o Banco Master contratou para representá-lo judicialmente o escritório Barci de Moraes, onde trabalham a mulher e dois filhos do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. De acordo com fontes ligadas ao banco, Viviane representa o Master em algumas poucas ações. O Master, porém, não revela quais são elas e nem o valor dos honorários. 

 

Fonte: CNN

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