Diogo Soares entra para o top 10 da ginástica artística no Mundial

A cada série cravada, Diogo Soares vibrava. Foi assim em cinco dos seis aparelhos no Mundial de ginástica artística da Antuérpia, nesta quinta-feira. Depois de se classificar para as Olimpíadas de Paris, o brasileiro de 21 anos fez uma grande apresentação na final do individual geral e pela primeira vez entrou para o top 10 da prova que reúne os ginastas mais completos do mundo, justamente no 10º posto. Atual campeão olímpico, o japonês Daiki Hashimoto conquistou o bi mundial. O ucraniano Illia Kovtun ficou com a prata, e o americano Fred Richard com o bronze.

Diogo, que havia ficado na 26ª posição na classificatória, cresceu na final e só teve problemas no solo, cravando todos os outros aparelhos. Somou 81,832 pontos para terminar no top 10. Ele havia sido o 17º colocado no Mundial de Liverpool no ano passado e em 20º nas Olimpíadas de Tóquio. A melhor colocação de um brasileiro na história da prova é o quinto lugar de Sérgio Sasaki no Mundial de 2013, também na Antuérpia.

Diogo até figurou no top 3 ao fim da segunda rotação por ter começado nos aparelhos em que tira maiores notas. Só que a briga pelo pódio ficou mesmo entre japoneses, o ucraniano Kovtun, o americano Richard e o chinês Sun Wei. Melhor para o campeão olímpico, que começou com falhas no solo, mas foi crescendo até fechar com uma série cravada na barra fixa e somar 86,132. Líder da classificatória, o japonês Kenta Chiba falhou no salto e na barra fixa, acabando em quarto lugar. Sun Wei falhou no último aparelho, no cavalo com alças, e também ficou fora do pódio. Kovtun somou 84,998 para ficar com a prata. E o americano Richard, mesmo caindo na barra fixa, levou o bronze com 84,332.

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Depois de conquistar a prata inédita por equipes femininas na quarta-feira, o Brasil ainda tem mais sete chances de pódio no Mundial da Antuérpia. Na sexta-feira, às 14h30 (de Brasília), Rebeca e Flávia estão na decisão do individual geral. No sábado, Rebeca está na final do salto, aparelho em que é a atual campeã olímpica. No domingo, Rebeca está na decisão da trave e do solo. Flavinha também está na final do solo. Arthur Nory fecha o Mundial na decisão da barra fixa.

PRIMEIRA ROTAÇÃO

Diogo abriu sua participação na final no salto. Ele fez uma boa dupla pirueta e praticamente cravou a chegada, apenas um pequeno passo na chegada. Com 14,100 pontos, melhorou quase um décimo sua nota em relação à classificatória. Como iniciou em um aparelho que costuma pontuar mais, o brasileiro se colocou na oitava posição ao fim da primeira rotação. O americano Fred Richard liderou (14,633 no solo), seguido do turco Ahmet Onder (14,533 no salto) e do britânico Jake Jarman (14,500 no solo). Atual campeão olímpico e mundial, o japonês Daiki Hashimoto teve problemas no solo e tirou 13,466, longe do top 10.

SEGUNDA ROTAÇÃO

No aparelho que lhe rendeu sua maior nota da classificatória, Diogo repetiu o bom desempenho nas barras paralelas. Com uma série muito limpa (8,666 de execução) e uma saída cravada, conseguiu 14,266, praticamente a mesma nota da classificatória. O brasileiro foi bem nos aparelhos em que costuma conseguir maiores notas e passou para o terceiro posto, atrás apenas do favorito japonês Kenta Chiba (14,800 no cavalo) e do chinês Sun Wei (14,166 no salto). Hashimoto se recuperou no cavalo com 14,366 e subiu para o sétimo posto.

TERCEIRA ROTAÇÃO

Na barra fixa, Diogo aumentou em meio ponto a dificuldade de sua série em relação à classificatória (5,4 pontos) e ainda teve melhor execução com saída cravada para tirar 13,800 pontos, quase sete décimos melhor que fez no sábado. Com mais um notão, o brasileiro se manteve nas colas dos líderes, passando para a quarta posição. O chinês Sun Wei (14,400) e o ucraniano Illia Kovtun (15,166) deram show nas barras paralelas e assumiram respectivamente a primeira e a segunda posição. O japonês Kenta Chiba foi o terceiro colocado ao fim da rotação (13,733 nas argolas).

QUARTA ROTAÇÃO

Foto: Reprodução

No solo, aparelho em que sofreu uma queda na classificatória, Diogo novamente teve dificuldade na segunda acrobacia, mas conseguiu evitar a queda. Tirou 13,000 e, apesar da falha, ainda melhorou pouco mais de um décimo em relação a sábado. Com o resultado, o brasileiro caiu para o décimo posto. Com uma grande apresentação na barra fixa (14,233), o chinês Sun Wei seguiu na liderança, seguido pelo japonês Daiki Hashimoto (15,000 no solo) e do ucraniano Illia Kovtun (14,066 na barra fixa).

QUINTA ROTAÇÃO

No cavalo com alças, aparelho em que Diogo cresceu muito nesta temporada, o brasileiro mais uma vez acertou sua série. Conseguiu 13,600 pontos, pouco mais de um décimo abaixo do que fez na classificatória, mas ainda uma boa nota para o aparelho. Diogo subiu um posto, figurando na nona posição ao fim da rotação. O japonês Daiki Hashimoto cravou a série das barras paralelas (14,800) e assumiu a liderança, seguido do americano Fred Richard (14,600) e do japonês Kenta Chiba (14,666), todos nas paralelas. O chinês Sun Wei teve problemas no solo (13,333) e caiu para a quinta posição.

SEXTA ROTAÇÃO

Para finalizar, Diogo se apresentou nas argolas com uma série de menor dificuldade (4,7), mas compensou na execução. Vibrou com a saída cravada e conseguiu 13,066 pontos, quase um décimo a mais que na classificatória. Somando 81,832 pontos, o brasileiro ainda tinha de esperar todos os adversários passarem pela última rotação, mas já celebrava com seu técnico.

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Alguns adversários falharam, e o top 10 veio. Entre os líderes, Daiki Hashimoto cravou sua série na barra fixa (14,500) e selou o bicampeonato mundial. Kenta Chiba (12,633 na barra fixa) e Sun Wei (12,300 no cavalo) caíram e deixaram o caminho aberto para Illia Kovtun ficar com a prata e Fred Richard com o bronze, mesmo sofrendo uma queda na barra fixa.

Fonte: GE