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Em visita ao STF, Gabriel Boric recusou aparecer recebendo gravata de presente
Foto: Reprodução

Presidente chileno tem como marca não usar adereço e já foi alvo de críticas por isso quando era deputado

Um dos principais nomes que representam a renovação da esquerda na América Latina, o presidente do Chile, Gabriel Boric, recusou-se a ser fotografado recebendo uma gravata de presente durante sua passagem pelo Brasil. A lembrança foi ofertada a ele durante a visita ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira. Antes da tradicional troca de presentes entre as autoridades, contudo, sua equipe avisou que ele não queria ter registros com o acessório. A recusa faz parte da tentativa do chileno de criar a imagem de um político despojado, em contraponto às elites de seu país.

 

A situação ocorreu porque desde fevereiro o STF passou a confeccionar gravatas e lenços com o símbolo do tribunal, para serem entregues como presentes a autoridades. O anúncio foi feito durante uma sessão pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que brincou que estava sendo lançado o "departamento STF fashion".

 

Na visita da semana passada, Boric recebeu a gravata, mas de forma reservada, sem fotos. O chileno, um ex-líder estudantil em seu país, tem 39 anos e não usou gravata nem mesmo em sua cerimônia de posse, em 2022. Ele também não usava gravatas quando era deputado, o que chegou a motivar críticas de um colega quando tomou posse pela primeira vez, em 2014.

 

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Em entrevista à BBC em 2022, após ser eleito, Boric afirmou que o uso da gravata faz parte da "homogeneização" de uma "elite muito fechada e muito parecida entre si".

 

— A gravata tem dois sentidos. Um é estético e um tanto absurdo, mas também percebi que havia no Congresso um espírito de disciplina e homogeneização por parte de uma elite muito fechada e muito parecida entre si, e por isso me mandaram para a comissão de ética, por não usar gravata. Agora, isso está totalmente naturalizado, e é totalmente normal andar sem gravata no Congresso.

 

Antes de entrar na política, Boric ficou conhecido como líder estudantil durante uma série de protestos realizados em 2011 em defesa da educação pública, que abalaram a popularidade do então presidente Sebastián Piñera.

 

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A cerimônia de recepção ao presidente chileno no STF contou com sete ministros da Corte, incluindo Barroso, e com o procurador-geral da República, Paulo Gonet. No dia anterior, Boric já havia se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto. Em todas as ocasiões, não usou gravata. 

 

Fonte: O Globo

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