02 de Maio de 2024 - Ano 10
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16/06/2020

Empresário bolsonarista ameaça romper com governo caso Weintraub seja demitido

Foto: Reprodução

Otavio Fakhoury é figura central do movimento de apoio ao presidente

Figura de destaque no ambiente bolsonarista, o empresário Otavio Fakhoury afirma que irá reavaliar o seu apoio ao governo caso o ministro da Educação, Abraham Weintraub, seja demitido em razão de suas manifestações recentes sobre o Supremo Tribunal Federal. Na segunda-feira, Fakhoury fez coro nas redes sociais ao movimento de pressão para que o presidente Jair Bolsonaro não mexa com Weintraub.

 

"Já está claro que o establishment quer a saída de Abraham Weintraub . Pergunta: Jair Bolsonaro se entregou ao sistema?", escreveu Fakhoury, no Twitter.

 

Perguntado pelo GLOBO nesta terça-feira se romperia com Bolsonaro caso ele demita o ministro da Educação, o empresário respondeu:

 

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- Terei que repensar...Não posso dizer que sim nem que não. Mas irei repensar o apoio - disse ele, horas antes da operação da Polícia Federal desta terça-feira que tem também Fakhouri como um dos alvos.

 

O empresário ajudou a pagar o aluguel de carros de som para manifestações a favor do presidente Bolsonaro. Por causa deste episódio, foi alvo pela manhã de uma operação da PF, a segunda em menos de um mês. Agentes já haviam ido aos seus endereços no final de maio para colher provas para o inquérito que corre no Supremo sobre a existência de uma rede de fake news.

 

Investidor e ex-executivo de bancos com atuação também no exterior, Fakhoury foi um dos primeiros nomes do mundo empresarial a embarcar no projeto bolsonarista. Não colocou em dúvida a sua adesão ao presidente em nenhum momento, sequer quando Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça. A operação apura a realização de manifestações com pautas antidemocráticas. Ele nega envolvimento em qualquer movimento ilegal.

 

Durante a campanha presidencial, o empresário promoveu reunião com apoiadores do então candidato a presidente e também fez contribuições financeiras para nomes ligados a Bolsonaro, como os do hoje deputados Bia Kicis (DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP).

 

Em 2019, quando Eduardo Bolsonaro assumiu a presidência do diretório paulista do PSL, Fakhoury foi indicado tesoureiro da legenda no estado. Ficou no posto até o filho do presidente ser destituído na briga com o presidente da sigla, Luciano Bivar. Em seguida, Fakhoury se engajou na fundação do Aliança pelo Brasil, o partido que a família Bolsonaro tenta criar.

 

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O empresário também ajuda a financiar o site conservador de direita Crítica Nacional. Nesta terça-feira, o site classificava o movimento norte-americano Black Lives Matter de "terrorista" e chamava o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge de Oliveira, de "traidor" por ter divulgado nota condenado o ataque com fogos de artifícios feito no fim de semana contra a sede do Supremo. 

 

O Globo

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