Estudante de medicina debocha de texto sobre estupro e causa revolta

Acadêmico de Medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) resolveu ‘satirizar’ o caso de estupro cometido pelo anestesista Giovani Quintella Bezerra, em São João do Meriti (RJ).

Nas redes sociais, o jovem chegou a fazer um comparativo de estupro com imprudências cometidas por mulheres no trânsito, em uma postagem nas redes sociais da fotógrafa Tracy Figg.

No texto, Tracy escreveu: “No necrotério depois de mortas. Com meses de vida. Na infância. Na pré adolescência. Adultas. Idosas. NO PARTO. Nas clínicas psiquiátricas. Nas consultas médicas de qualquer especialidade. Na rua, na igreja e em casa. Pelo pai, padrasto, pelo avô, pelo tio, pelo professor, pelo padre, pelo pastor, pelo médium, pelo MÉDICO, pelo marido, pelo primo, pelo irmão. Nem todo homem, mas sempre um homem”.

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Já o estudante, decidiu se posicionar fazendo uma sátira, como ele mesmo se justificou após a repercussão negativa.

“No cruzamento da preferencial. Com placa de pare. Na mudança de pista. No sinal vermelho. Na pista molhada. Loiras. Morenas. NA CURVA ACENTUADA. No fim da rua. Na estrada de terra de qualquer cidade. No acostamento, no viaduto e em estrada. Por não dar a seta, por não acender os faróis, por não ligar o pisca-alerta, por não olhar no retrovisor, por dar luz alta na cidade, por mexer no celular, por não trocar o pneu careca, por não saber fazer baliza, por correr em área escolar, por invadir a pista ao lado, por andar na contramão, por fazer conversão a mil. Nem toda mulher, mas sempre uma mulher”, escreveu o acadêmico.

Alguns se indignaram com o posicionamento do jovem, que, inclusive, faz faculdade na área de saúde.

Após toda a repercussão, o rapaz voltou aos storys do Instagram para se defender. “O caso do médico estuprador é totalmente horrendo e condenável. Na ocasião, fizeram um texto a fim de condená-lo (com toda razão), mas que tomou outro rumo ao terminar com a seguinte frase: ‘nem todo homem, mas sempre um homem”.

Ainda nas redes, o rapaz reforçou que fez um texto satírico e pontou o significado da palavra. “sá.ti.ra (sf): qualquer discurso ou escrito picante, crítico”.

O rapaz vai além e ainda reforça que a intenção era ser ridículo, pois a “generalização de sempre um homem” é ridícula.

“Mulheres também estupram, mulheres também comente importunação sexual assim como homens também cometem infração de trânsito”.

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Ao ter conhecimento do caso, a atlética do curso de Medicina da universidade emitiu nota de repúdio.

Fonte: Top Mídia News