Estudo mostra como seres microscópicos criam redes elétricas vivas para consumir metano antes que ele chegue à atmosfera
Cientistas descobriram como microrganismos que vivem no fundo do oceano colaboram entre si para reduzir a liberação de metano — um dos gases de efeito estufa mais potentes — para a atmosfera.
O trabalho, publicado na revista Science Advances em agosto e detalhado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC Dornsife), nos Estados Unidos, mostra que os micróbios formam uma espécie de “rede elétrica viva” capaz de transformar o gás em energia, funcionando como um filtro natural contra o aquecimento global.
O estudo explica que o metano é produzido naturalmente em regiões marinhas onde há decomposição de matéria orgânica. Parte desse gás escapa por fendas no solo oceânico, mas uma parcela significativa é consumida por uma comunidade de microrganismos que vive em ambientes extremos.
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Os organismos, chamados arqueias metanotróficas anaeróbias (ANME), trabalham em conjunto com bactérias redutoras de sulfato (SRB) — duas espécies que, sozinhas, não seriam capazes de realizar o processo. Os pesquisadores identificaram que essa cooperação acontece por meio de proteínas condutoras que criam conexões elétricas entre as células. Quando as arqueias quebram o metano, elas liberam elétrons que são transferidos para as bactérias.
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Essas, por sua vez, usam o sulfato do ambiente para aceitar os elétrons, completando o ciclo químico que neutraliza o gás. É como se as duas espécies formassem um circuito elétrico microscópico — um mecanismo que impede que o metano suba à superfície.
Fonte: Uol