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05/01/2023

Índio não quer mais apito; quer fazer o 'rapa' em cargos comissionados nomeados por políticos na Funai e órgãos vinculados aos povos indígenas, na capital e interior do Amazonas. VEJA VÍDEOS

Foto: Divulgação

Cacique Timoteo Paumari da Aldeia Ilha das Onças, não endossou a lista de indicações da Funai e a órgãos vinculados. Preferiu aguardar reunião com todos os Caciques das 96 Terras Indígenas (Aldeias)

*Por Xico Nery, correspodente do "PORTAL DO ZACARIAS" no interior do Amazonas - Indígenas das aldeias nos municípios da Mesorregião amazonense do Purus, parte das lideranças regionais demonstraram preocupação na terça-feira (03.01.23), com os avanços de assédios por conta das mudanças no comando da Fundação Nacional dos Indígenas (Funai).

 

A partir da Capital Manaus, a avaliação é de que “a dança das cadeiras veio na hora certa”. Para essas lideranças, uma lista com nomes preparados para assumirem o órgão na Amazônia e no País, não foi descartada, afirmam pessoas familiarizadas com a questão.

 

Na Calha Purus, um encontro na cidade de Lábrea, a cerca de 584 quilômetros da Capital, resultou numa lista prévia de indígenas com graduação Gestão Pública, Pedagogia, Administração, Direito, Gestão Ambiental, Florestal e Agropecuária.

 

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(Látex do Purus),de sua propriedade onde, hoje, funciona

a Casa de Saúde Indigena (Casai-Labrea). O valor

do aluguel do imóvel é guardado a 7 chaves

 

Nessa inicial, a participação nesse evento foi considerada mínima e não teria obedecido a um chamamento coletivo; já que a forma seletiva sob a chancela de indígenas aculturados fez, segundo lideranças consultadas, “só participasse quem estava na cidade”.

 

Já o movimento de líderes fora do eixo urbano dos Povos Paumari, Apurinã, Karipuna, Jamamadi, Suruwara e outras etnias, preferiu não indicar nomes, nesse primeiro momento. E optou por aguardar o chamamento da Ministra Sônia Guajajara (PSOL-SP)e da Presidente da Funai, Joênia Wapichana (Rede-RR).

 

ETERNIZADOS NO PODER

 

É que, devido a pressa de alguns, só com maioria em cargos comissionados na Funai, Sesai, DSEI e Casai prestigiassem o evento que não contou com número expressivo de lideranças”, resumiu um líder Karipuna da Aldeia Katitu, a dois dias e meio de embarcação à Lábrea.

 

Em meio a uma possível evacuação de pessoas à frente da Coordenadoria Regional da Funai e órgãos vinculados ao órgão, representações Karipuna e Apurinã, disseram não concordar manter os atuais chefes de setores cuja nomeações políticas são atribuídas ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), deputados Adjuto Afonso (União Brasil-AM) e Átila Lins (PSD-AM).

 

 

Senador Eduardo Braga (MDB-AM) é acusado por opositores de apoiar o

prefeito em todas as instâncias. Em Lábrea, há denúncias, também, no suposto

uso de recursos advindos de Emendas a saúde indígena- como no caso da Covid-19

 

A maioria dos participantes defende o afastamento do (ainda) Coordenador Regional da Funai, Fernando Queiroz (empresário indicado pelo prefeito Gean Barros), Carlos Galvão (Distrito Sanitário Especial Indígena, DSEI, com o compartihamento na gestão da Secretaria de Saúde Indígena, Sesai e Casa de Saúde Indígena, Casai).

 

Cerca de 88 líderes dos Caciques e/ou Capitães não foram ao encontro puxado por um grupo reduzido de pessoas não aldeiadas.

 

O Coletivo Indígena reúne ao menos 96 aldeias da Mesorregião amazonense do Purus. Segundo informações, “foi algo sem muita expressão para o cenário político regional”, pois, o pessoal presente não foi de indivíduos aldeiados, o que possibilitou o adiamento das indicações mediante chamamento sob a chancela do Ministério dos Povos Indígenas e da Presidência da Funai-DF.

 

PODER DE MANDO

 

As decisões tiradas do encontro de “lideranças indígenas” realizado, em Lábrea, na última terça-feira (03.12), possibilitou, também, a rediscussão da aplicação de recursos repassados à Coordenadoria Regional da Funai e, sobretudo, a órgãos vinculados de atenção aos Povos Originários na Capital e interior do Estado do Amazonas.

 

Da “torneira” que jorra dinheiro vivo pelos dutos do Governo Federal através dos ministérios da Justiça (MJ), Saúde (MS) e Educação (MEC) à Coordenadoria Regional da Fundação Nacional dos Indígenas (Funai+ DSEI, Casai, Sesai e Condisi-MRP), além de recursos de emendas parlamentares, o prefeito Gean Barros (MD), o sogro do Secretário Municipal de Agricultura e Infraestrutura, e empresários “seriam os beneficiados com aluguéis de prédios à Funai e a órgãos vinculados”.

 

Na esteira dos aluguéis desses prédios, foram listados fornecedores de alimentos, remédios (+ material apenso), combustíveis e prestadores de serviço menos rentável aos grupos que comandam a Coordenadoria da Funai. Nesses supostos crtéis, são apontados servidores, empresários, políticos e aliados do prefeito.

 

- É deles os imóveis alugados, veículos, embarcações e outros meios de lucratividade em cima dos indígenas assistidos pelo Governo Federal, além dos empregos de comissionados que moram na Capital Manaus e/ou fora do Estado, a denúncia de ex-servidores da Funai que não rezam pela cartilha do prefeito e aliados no Congresso Nacional.

 

Sobre o assunto, dentro do contexto das mudanças que deverão ser feitas no âmbito da Coordenadoria da Fundação Nacional dos Indígenas (Funai) e órgãos vinculados na Mesorregião Amazonense do Purus, figura o envio de uma lista de comissionados à Ministra Sônia Guajajara (PSOL-SP).

 

“É o caso de uma suposta médica e um enfermeiro com salários altíssimos para os padrões nacionais”. Ambos fariam pós-graduação, em Manaus e na Argentina, arremataram as fontes familiarizadas com os negócios (?) nas chefias da Funai, DSEI, Casai, Sesai e Condisi-MRP (Conselho Distrital de Saúde Indígena do Médio Rio Purus).

 

QUEM MAIS LUCRA

 

O antigo prédio da Coordenadoria Regional da Funai, da Casa de Saúde Indígena (Casai), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Distrito de Especial de Saúde Indígena (DSEI) e outras unidades de atenção aos povos indígenas nos municípios Rio Purus, “foram destruídos e abandonados de propósito ao longo do tempo”, denunciam lideres Karipuna e Apurinã.

 

No lugar, prefeitos, vereadores e empresários construíram prédios e alugam à Funai e a órgãos vinculados “a preços que os fizeram enriquecer da noite pro dia", o desabafo é de uma segunda liderança que esteve no encontro da terça-feira (03.12.), no bairro da Fonte, periferia da cidade de Lábrea.

 

A antiga Casa de Saúde Indígena (Casai) - que funcionou em área da União no quilômetro 3, da BR-230 (Transamazônica) -, em Lábrea, logo na primeira gestão Gean Campos Barros (MDB), “virou um grande cemitério de bens móveis na gestão do ex-prefeito Dedé de Melo, residindo em Brasília (DF).

 

Nos imóveis citados funcionavam serviços de saúde, educação, médico, odontológico, segurança, de atenção a indígenas (em trânsito das aldeias à cidade). Os prédios foram sucateados e desativados. Deram lugar aos de propriedade do prefeito e aliados, apontou ex-Diretor da Federação das Organizações das Comunidades Indígenas do Rio Purus (Focimp).

 

Atualmente, a Casa de Saúde Indígena (Casai) funciona num antigo prédio de uma fábrica de beneficiamento de borrada (Látex da Amazônia), de propriedade da família Campos Barros, situado na estrada do Aeroporto, em frente à Vila Olímpica local, cuja estrutura foi reaproveitada.

 

- Não sabemos se as instalações dessa Ex-Usina de beneficiamento de borracha que viraram hospital, estão de acordo com as diretrizes do Governo Federal, arremataram indígenas consultados nesta quinta-feira (04.01.2023).

 

No primeiro vídeo mostra o ex-coronel Claudeni, indignado com a corrupção em Labrea, denúncia o prefeito e revela aluguéis "milionarios" de prédios de propriedade de Gean Barros.

 

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E no segundo vídeo mostra outro prédio alugado de aliados. O imóvel abriga ONG privada que administea recursos fo governo federal destinado aos povos indígenas através do Distrito Sanitário Esoecial Indígena ao lado da prefeitura. A contabilidade não é feita no próprio DSEI ao menos 12 anos.

 

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