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IPAM propõe destinar florestas públicas para frear o desmatamento na Amazônia
Foto: Reprodução

Pesquisadores defendem que ampliar a proteção de 80 milhões de hectares pode ser o principal legado do Brasil na COP30 e um passo essencial para estabilizar o clima no continente

Às vésperas da COP30, que será realizada em Belém, dois dos principais pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) propõem um caminho ambicioso para o Brasil consolidar sua liderança climática: ampliar a proteção das florestas amazônicas em até 80 milhões de hectares. A proposta foi apresentada em uma carta publicada na última terça-feira (14) na revista científica Nature por Paulo Moutinho e André Guimarães, diretores do IPAM.

 

Segundo os pesquisadores, essa expansão representaria “a maior contribuição individual de uma nação ao combate da crise climática”. Para eles, o país tem nas mãos uma oportunidade histórica de transformar áreas hoje vulneráveis em uma barreira estratégica contra o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa.

 

“Este pode ser o maior legado do Brasil para a COP30, em Belém, e para além dela. Ao promover essa expansão da área protegida na região, o país terá feito a maior contribuição individual de uma nação ao combate da crise climática”, afirma Moutinho.

 

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O ponto central da proposta está na destinação das Florestas Públicas Não Destinadas (FPNDs). Cerca de 50 milhões de hectares que ainda não têm definição de uso estão sob domínio federal ou estadual. A legislação brasileira prevê que essas áreas sejam destinadas à conservação ou ao uso sustentável, mas, segundo o IPAM, o processo tem sido adiado há anos pelos governos regionais.

 

Durante essa indefinição, as FPNDs se tornaram alvos de grilagem, garimpo ilegal e desmatamento, problemas que se agravaram na última década. Dados do instituto indicam que essas áreas concentram 36,5% de toda a perda de vegetação nativa na Amazônia. Somente no primeiro semestre de 2025, mais de 69 mil hectares foram desmatados nessas florestas, enquanto outros 32,7 milhões de hectares permanecem sob risco.

 

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Para Moutinho e Guimarães, destinar essas terras a unidades de conservação, terras indígenas, florestas estaduais ou federais de uso sustentável e áreas comunitárias é essencial para “fechar o mapa do desmatamento”. 

 

Fonte: G1

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