05 de Maio de 2024 - Ano 10
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05/06/2020

Mãe de Miguel Otávio, morto após cair de prédio aos cuidados de patroa, pede justiça

Foto: Reprodução

Em entrevista a um programa de televisão Mirtes Renata de Souza, desabafou ao contar a dor que sente pela perda do filho.

Miguel Otávio, de 5 anos, morreu na última terça-feira, 2/6, após cair do nono andar do prédio da patroa de sua mãe em Tamandaré, Pernambuco.

 

O menino foi deixado sozinho no elevador por Sarí Corte Real depois de chorar à procura da sua mãe, Mirtes Renata de Souza, que havia saído para passear com o cachorro dos patrões e deixado o filho sob os cuidados da patroa. Miguel subiu até o nono andar do prédio, se perdeu no local e acabou caindo de uma altura de 35 metros.

 

Em um programaa de televisão, Mirtes relatou como está sendo os últimos dias desde o acidente e disse que quer justiça pelo filho: 

 

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“Eu venho orando por mim e pela minha mãe, para que a gente tenha força para fazer justiça, para que a morte do meu filho não fique impune".

 

Desde o dia do falecimento do filho, Mirtes não consegue descansar:

 

"Não estou conseguindo dormir no meu quarto porque quando eu olho para a cama do meu filho e vejo que ele não está aqui a dor aumenta mais ainda. Ele é a minha vida, eu não sei o que vai ser da minha vida sem ele".
"Aquilo doeu tanto, eu perdi o meu filho por falta de paciência. Por uma questão de 10 minutos, ela não teve paciência com o meu filho".

 

A terça-feira

 

Mirtes relatou como foi o último dia com o filho no local de trabalho. Ela contou que a patroa precisava sair para buscar a mãe no aeroporto e precisava de alguém para tomar conta da filha dela. Como não tinha com quem deixar Miguel, ela o levou para o apartamento de Sarí:

 

"Terça-feira, a minha mãe precisava sair para resolver umas questões no banco. Aí, eu levei o meu filho para o trabalho, ela [a patroa Sarí] nunca tinha tido problema com o meu filho".

 

Mirtes ficou com as crianças no apartamento até que Sarí voltasse. Quando a patroa voltou, saiu para passear com o cachorro da família e deixou Miguel sob a responsabilidade dela:

 

"Eu saí. Quando voltei, o encarregado do prédio disse que alguém tinha caído. Chegou a me dar um aperto no coração. Nisso, a gente foi no térreo, e quando cheguei lá, vi o meu filho".

 

Mirtes relata que o filho ainda estava vivo e respirava pela boca. Ele foi socorrido, chegando ao hospital ainda com vida.

 

Depois do enterro

 

"Depois que eu enterrei o meu filho, cheguei em casa e eu recebi o vídeo. Eu liguei pra ela. Ela disse que não apertou o botão e que ia provar. Mas ela deixou o meu filho dentro do elevador. Ela deixou ele em perigo. Ela não teve a capacidade de segurar a mão do meu filho e tirar ele daquele elevador. A única coisa que ele queria era a mim, ela não teve paciência. Eu sempre tive paciência com os filhos dela".

 

Ao ser perguntada o que estava sentindo no momento a mãe da criança respondeu:

"A ficha está caindo mais um pouco com relação a isso e está se misturando com alguns sentimentos. Estou começando a ter raiva, raiva dela. Deixei meu filho com ela por alguns minutos e aconteceu isso", respondeu Mirtes.

 

Mirtes também descreveu o filho e sua relação com ele:

 

"Era uma criança extremamente feliz porque eu fazia de tudo para que ele fosse feliz. Eu dava tudo de suporte básico para ele, educação, saúde, escola e dava um pouco mais, de acordo com o que as minhas condições financeiras permitiam. O que eu pudia dar para o meu único filho, eu dava. Às vezes, eu deixava faltar a mim para dar a ele".

 

"Se depender de mim, o caso não vai ser esquecido. Nem que eu mova céus e terras, o caso vai ser cumprido e a justiça vai ter que ser feita".

 

O outro lado


Sarí Corte Real também é primeira-dama de Tamandaré. Ela foi presa em flagrante depois da morte de Miguel e liberada ao pagar uma fiança de 20 mil reais. A patroa de Mirtes responde pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ela também teve a identidade protegida e só após um desabafo de Mirtes que o público tomou conhecimento de quem se tratava.

 

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A delegacia responsável pelo caso explicou, em nota, que, embora que Sarí estivesse na função de cuidar da criança, ela não teve intenção de matar. A causa da morte foi acidental.

 

Gshow

 

 

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