A defesa alega que o tenente-coronel "estava apenas desempenhando sua função" como ajudante de ordens de Bolsonaro
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua defesa prévia na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Os advogados pediram a "absolvição sumária" de Cid e indicaram nove testemunhas, todas do Exército, incluindo o primeiro comandante da Força no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No mês passado, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Cid e mais sete pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela suspeita de participação na trama golpista. Com isso, eles viraram réus e foi aberta uma ação penal.
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Os advogados de Cid querem que ele seja absolvido desde agora, ou seja, antes da ação começar a tramitar e sem precisar chegar ao julgamento. A defesa alega que o tenente-coronel "estava apenas desempenhando sua função" como ajudante de ordens de Bolsonaro.
Caso esse pedido não seja aceito, os advogados indicaram uma lista de testemunhas para serem ouvidas, entre elas dois ex-comandantes do Exército: Marco Antônio Freire Gomes, o último da gestão de Bolsonaro, e Júlio Cesar de Arruda, o primeiro do governo Lula.
Arruda foi demitido em janeiro de 2023, com 21 dias de governo. Um dos motivos para a exoneração foi de que o comandante estava resistindo a revogar a indicação de Mauro Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, uma unidade de elite do Exército. A nomeação foi revista pelo atual comandante, Tomás Paiva.
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O fato de ter fechado um acordo de delação premiada não impediu Cid de ser denunciado pela PGR. O acordo pode diminuir sua pena em uma eventual condenação, mas isso será definido ao fim do processo.
Fonte: Revista Forum