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A médica-veterinária Laura da Silva Ney, de 30 anos, foi assassinada a tiros dentro da própria residência, no centro de Navegantes, litoral norte de Santa Catarina, na noite de 27 de setembro. O principal suspeito do crime é o marido da vítima, que foi preso nesta sexta-feira (10), acusado de feminicídio.
De acordo com informações da Polícia Militar, vizinhos acionaram as autoridades após ouvirem dois disparos de arma de fogo, por volta das 23h. Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros foram ao local e tentaram reanimar a vítima, mas Laura não resistiu aos ferimentos.
O companheiro da médica, funcionário do setor de manutenção de um estaleiro estrangeiro instalado na cidade, chegou a alegar que a esposa havia tirado a própria vida. No entanto, a versão foi descartada pela Polícia Civil, que encontrou indícios de homicídio intencional.
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A corporação ainda não divulgou detalhes sobre a prisão do suspeito ou o andamento das investigações.
RELACIONAMENTO ABUSIVO
Amigos e familiares relataram que Laura vivia um relacionamento abusivo, marcado por ciúmes excessivos e comportamentos controladores por parte do companheiro. Segundo uma amiga próxima, que preferiu não se identificar, o suspeito impedia a veterinária de frequentar a igreja e restringia seu convívio com amigos e parentes.
“Ele tinha ciúmes até da sombra dela”, relatou a amiga. Ainda segundo ela, o casal teve uma discussão intensa na véspera do crime.
Natural de São José de Ubá, no interior do Rio de Janeiro, Laura conheceu o companheiro no estado fluminense e se mudou para Santa Catarina com ele em dezembro de 2024, contrariando a vontade da família. Ela era formada pela Universidade Iguaçu (Unig) e atuava como patologista clínica veterinária em Navegantes, após trabalhar em Campos dos Goytacazes (RJ) até o fim do último ano.
REPERCUSSÃO E INVESTIGAÇÃO
A morte de Laura causou comoção na comunidade local e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher. O corpo da veterinária foi sepultado em sua cidade natal, onde completaria 31 anos em breve.
O estaleiro em que o suspeito trabalha informou, por meio de nota, que não irá se pronunciar sobre o caso enquanto as investigações estiverem em curso, mas esclareceu que o funcionário não ocupa cargo de chefia, atuando apenas na área técnica de manutenção.
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O caso segue sob apuração da Polícia Civil de Santa Catarina.
VEJA VÍDEO:
