Grafites, muralismo e outras técnicas cobrem muros do Museu Emílio Goeldi, a primeira instituição científica da Amazônia
Tudo é grandioso na terceira edição do Museu de Arte Urbana de Belém (M.A.U.B.), que renova seus grafites anualmente na capital do Pará: neste ano, 20 artistas usaram mais de mil litros de tinta para pintar 2.500 metros de muros do Museu Paraense Emílio Goeldi, a mais antiga instituição científica da Amazônia, que completa 160 anos neste mês. Outra grandiosidade é o diálogo das imagens com a COP 30.
“Transformar os muros do Museu Goeldi em uma galeria de arte urbana a céu aberto é um gesto histórico para Belém, ainda mais em ano de COP30. Cada mural nasce do respeito à história e ao acervo do museu, mas também da força criativa de artistas de diferentes lugares do Brasil, sobretudo dos paraenses, que traduzem em cores as suas memórias e identidades”, diz Gibson Massoud, realizador do M.A.U.B.
Em diálogo com a COP 30, as pinturas mostram heranças afro-amazônicas, saberes indígenas e biodiversidade. E não pensem que a galera simplesmente chegou e pintou 2.500 metros de muros. Antes, passaram dois dias no Museu Goeldi, vivenciando coleções e acervos como as cerâmicas marajoaras, as peças tapajônicas (de Tapajós, um rio) e a maior coleção indígena do mundo, guardada no Campus de Pesquisa.
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Foto:Reprodução
O Museu Paraense Emílio Goeldi tem três unidades físicas, uma no arquipélago do Marajó e duas em Belém, o Parque Zoobotânico, em São Brás, e o Campus de Pesquisa, em Terra Firme. Suas coleções científicas e estudos são referência mundial nas áreas de Ciências Humanas, Naturais e da Terra.
Com 160 anos e tombado, foi preciso consultar os órgãos de patrimônio estadual e federal para realização da intervenção que permanecerá por um ano nos muros do Museu Goeldi. “A intervenção artística mostra que cuidamos do nosso legado, do nosso passado, e o tornamos ainda mais relevante, vivo e conectado com o agora”, diz o diretor Nilson Gabas Júnior.
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Entre os artistas que deixaram sua arte nos muros do Museu Goeldi estão os grafiteiros Alessandro Hipz, de Manaus, e Alex Senna, do interior paulista. São tão diversos quanto Amanda Nunes, da periferia do Distrito Federal, assim como Gabz e Tsssrex, da periferia de Belém. Ainda da cena paraense, Lenu explora o surrealismo amazônico em diversas linguagens. E o muralismo está representado por Dudi Rodrigues e Dedéh Farias.
Fonte:Terra