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29/12/2023

O que é a morte, cientificamente falando?

Foto: Reprodução

A definição do que está vivo ou morto é bem complexa. Por conta disso, definir a morte pode ser algo ainda mais complexo.

A máxima diz que a única certeza da vida é a morte, e ela está certa. Independentemente de quem seja, a morte chegará para todos. No entanto, a definição sobre ela não é uma coisa única. Nas palavras de Ariano Suassuna, a morte é “o único mal irremediável, que une tudo o que é vivo”.Realmente ela é uma coisa comum para todos os seres vivos, mesmo assim, ela depende de quem a observa. E ao contrário do que se tem entendido tradicionalmente sobre morte como sendo um evento irreversível, evidências recentes dão a entender que esse conceito é desatualizado e não totalmente alinhada com a biologia.


Até porque, conseguir definir o que está vivo pode ser um pouco mais difícil do que o imaginado. Isso porque, a definição de vida cobre um conjunto de características diferentes que unem os seres vivos. Biologicamente, a vida pode ser definida pela presença de organização celular, metabolismo, resposta a estímulos e reprodução. Nisso, a unidade fundamental da vida é a célula, que é responsável por gerir todos esses processos.

 

Já filosoficamente, a vida pode entender toda gama de processos envolvidos em estar vivos. E coisas mais objetivas, como por exemplo, a capacidade de sentir e ter consciência são colocados nas discussões a respeito do que faz parte de um ser vivente. E essas definições não são vistas somente nos livros de filosofia ou medicina. Isso porque entender o que é vivo ajuda até mesmo na busca por formas de vida em outros planetas.

 

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Enquanto isso, a morte é tida ao logo dos tempos como a “cessação irreversível” dos processos vitais. Tanto que a parada cardíaca era considerada o ponto sem volta, quando a morte é tratada como irreversível. No entanto, essa definição está sendo questionada há algum tempo.
Um ponto que mudou totalmente essa visão foi o surgimento da ressuscitação cardiopulmonar na década de 1960. Isso aconteceu quando foi estabelecido a separação entre a perda temporária da função cardíaca e a cessação permanente da vida.

 

Enquanto isso, a morte é tida ao logo dos tempos como a

“cessação irreversível” dos processos vitais

( Foto: Reprodução)

 

Além disso, a discussão a respeito de morte cerebral também mudou essa definição, contudo indo pelo caminho contrário. Isso porque mesmo com o coração batendo, quem definia o que estava vivo ou não era o cérebro. Mesmo que as funções vitais fossem mantidas através de aparelhos.
As pesquisas mais modernas estão trazendo à tona descobertas que podem mudar ainda mais essa fronteira sobre o que é estar vivo e morto. Até porque, cientistas estão descobrindo que o limite que o cérebro consegue suportar sem oxigênio é maior do que o imaginado. Isso faz com que a janela de tempo para a ressuscitação seja maior e a morte possa ser revertida.

 

Contudo, da mesma forma que a biologia não tem uma autoridade sola

para definir o que é estar vivo ou não, a neurociência também

não tem exclusividade sobre a morte

( Foto: Reprodução)

 

Além disso, esse conhecimento com mais detalhes sobre os processos de reversão de funções cerebrais e orgânicas pode mudar as práticas médicas. Dessa forma, os profissionais podem não somente aumentar sua janela de oportunidade para salvar alguém, como também fazer uma redefinição da compreensão do funcionamento do cérebro quando está em situações extremas.

 

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Contudo, da mesma forma que a biologia não tem uma autoridade sola para definir o que é estar vivo ou não, a neurociência também não tem exclusividade sobre a morte. Para isso é preciso um alinhamento entre ciência biológica, filosofia e até pensamento religioso.

 

Fonte:  O Globo
 

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