O falso médico foi preso na operação realizada nesta terça-feira e também foi apreendida uma arma de fogo e algemas
Policiais civis do 1° DIP deflagraram nesta terça-feira, 29, a Operação Hipócrates, que resultou na prisão de Gabriel Ketzer da Silva, de 28 anos, que se passava por médico na Região Metropolitana de Manaus.
Ele responderá por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato contra vulnerável, falsa identidade e falsificação de atestado médico.
Segundo o delegado titular Cícero Túlio, Gabriel foi preso no bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus. A investigação teve duração de cerca de 30 dias e iniciou após uma denúncia anônima, que apontava a atuação do falso médico em Manaus.
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“A partir de então, os policiais iniciaram um trabalho minucioso de levantamento de informações. Eles conseguiram por meio da análise das redes sociais do investigado, identificar inclusive alguns pacientes que foram atendidos por ele.
Muitas receitas, exames médicos e outros
materiais que eram utilizados pelo falso médico
“Entramos em contato com essas vítimas, que confirmaram ter levado seus filhos para consultas com o falso profissional”, detalhou o delegado.
Com base nas informações obtidas, a Polícia Civil representou à Justiça pela prisão preventiva de Gabriel Ketzer, bem como pelo mandado de busca e apreensão em sua residência e em uma entidade beneficente da qual ele participava como “médico voluntário”.
“Agora vamos aprofundar as investigações para identificar outras pessoas envolvidas nesse esquema criminoso, especialmente eventuais médicos que tinham ciência da inaptidão técnica do investigado e, mesmo assim, permitiam que ele realizasse atendimentos em seus nomes”, acrescentou Cícero Túlio.
Gabriel Ketzer já tem antecedentes criminais
e já se passou por oficial das Forças Armadas
As apurações revelaram que Gabriel já atuava ilegalmente há pelo menos dois anos, principalmente no atendimento a crianças. Ele se apresentava como médico pediatra e ortopedista, e integrava o corpo voluntário de uma fundação que realizava atendimentos médicos gratuitos na região.
O falso médico cooptava pacientes tanto durante esses atendimentos beneficentes quanto em uma rede de saúde, onde obtinha informações sobre pacientes e, posteriormente, fazia contato oferecendo atendimento especializado.
A Polícia Civil também investiga a possível participação de cúmplices, inclusive profissionais de saúde que possam ter facilitado a atuação do falso médico nas unidades de saúde.
Policiais do 1º DIP em um dos institutos onde o falso médico
dava "consulta" e enganava os pacientes (Fotos: Divulgação)
Gabriel Ketzer já era conhecido da polícia. Em 2020, foi preso pela Polícia Civil por se passar por oficial das Forças Armadas, utilizando farda de tenente e respondendo por falsa identidade.
Ele passará por audiência de custódia e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
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