*Por Xico Nery, correspodente do "PORTAL DO ZACARIAS" no interior do Amazonas - Conhecido como o “Dia da Revolta da Bancada Feminina”, a Câmara Municipal do Município de Làbrea, a cerca de 584 quilômetros da Capital Manaus, chegou a repetir ato tomado pela maioria das Casas Legislativas do interior que não aceita a tríplice reeleição de presidentes do Legislativo Mirim.
Reeleito por duas vezes à presidência da Casa, o vereador Regifran de Amorim Amâncio (O Fanga do MDB), após o fim do duplo mandato (2019-2022) teve a tríplice candidatura contestada pela bancada feminina e mais dois vereadores da base aliada do prefeito Gean Barros (MDB).
O caso foi parar no Ministério Público (MP) devido à recusa do presidente da Casa, à época, em protocolizar a chapa que concorreria a sucessão de Regifran e a seguir, literalmente, o seu Regimento Interno. Segundo a vereadora Lícia Galvão (MDB), a tríplice reeleição do colega Fanga - que é também é do MDB -, “não encontra amparo legal”.
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À época, a parlamentar disse ainda em seu gabinete, na Câmara, que, “nossas leis permaneciam inalteradas e não dão cobertura para que um simples edital válido da reeleição anterior da Mesa Diretora, fosse repetido”, justamente, em nova mudança de comando.
Mobilizada, a membros da bancada feminina, integrada pelas vereadoras Lícia do Carlos Galvão (MDB), Brígida Campos (PSC), Andrea Enfermeira (PSC), Áurea Galvão (MDB), Gleice Damasceno (PSC) e mais dois colegas de partidos, não tiveram sucesso em inscrever a chapa em obediência à legislação.
ENTENDA O CASO
De acordo com assessores do grupo que resistia, à época, à eternização do presidente da Casa, Vereador Fanga do MDB, a mais um mandato, “a poeira só baixou com com a intercessão do prefeito Gean Barros ao jogar um balde de água fria nos insurretos”.
O bate-boca entre vereadores do mesmo grupo de apoio ao prefeito, as idas e vindas à Promotoria fez com que Legislativo labrense entrasse para o rol de gozações nas ruas e nass redes sociais por causa da disputa de poder na Casa. Nas redes e mensagens de Whatsapp, “internautas cravaram “memes” e charges risíveis de vereadores fugindo pelas portas dos fundos, inclusive, do vereador “Didi do PL” - que se mostrava, no início do mandato, fereneho opositeor ao grupo do prefeito.
FATO HISTÓRICO
A discórdia tirou o prefeito Gean Barros da “toca” , mais uma vez. Enfim, ele apagou o fogo em sua própria base aliada. Ele, no entanto, nunca teve oposição na Casa, nem por supostamente responder cerca de 76 processos e sete condenações, desde seu retorno à Prefeitura local. Porém, de vez em quando, é obrigado a ir, pessoalmente, à Câmara, na condição de expectador em plenário.
Os “entreveros” mais comuns ocorrem mesmo é entre os menos prestigiados, à cada momento de um afago a mais aos de maior projeção na Casa, diz um expectador assíduo das sessões.
A suposta insurreição no “ninho” do prefeito levou à frente da Câmara Municipal uma grande multidão de curioso, à época. Na Casa, os corredores ficaram lotados e as vereadoras permaneceram de plantão à espera do prefeito e da manifestação do Ministério Público na Capital. E ao que parece, Gean Barros, outra vez, “botou cada um vereador em seu lugar”, diz um ex-edil da Casa.
NA JUSTIÇA
Diferentemente de outras Câmaras do interior do Estado, o caso do Legislativo Mirim, em Lábrea, ao que parece não teria chegado à Justiça Estadual, quando, também teria apreciado ações contrárias à tríplice reeleição de presidentes de Câmara em contraponto à legislação.
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Em Tabatinga, na mesorregião do Alto Solimões, no Oeste do Estado, na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru (a 1.590 da Capital Manaus), o Ministério Público (MPE) determinou a realização de novas eleições na Câmara Municipal, e segundo a decisão, “a Casa Legislativa devendo na condução dos trabalhos respeitar o Regimento Interno, sob pena de multa em caso de desobediência”. No caso de Lábrea, não foi isso que a bancada feminina foi informada antes da intervenção do prefeito Gean Barros no caso - que também chegou as ser levado à Promotoria Pública local.
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