03 de Maio de 2024 - Ano 10
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Mulher
28/08/2022

Primeira reitora da Universidade Anhembi Morumbi, Mônica Orcioli tem no equilíbrio o segredo do sucesso

Foto: Reprodução

“Sou a primeira mulher aqui, mas não serei a última”. Essa foi a frase de maior impacto dita por Kamala Harris em seu primeiro discurso como vice-presidente dos Estados Unidos, em 2020. Mônica Orcioli, primeira reitora mulher da Universidade Anhembi Morumbi em 50 anos de fundação, inspirou-se no lema da política americana para a empreitada inédita em sua carreira – e na história da instituição.

 

Aos 55 anos, paulistana descendente de italianos, mãe de três filhos e dona de olhar e fala tranquilos, Orcioli não pensava em seguir na área da educação “quando crescesse”. Na infância, dedicou-se ao ballet clássico, mas sua trajetória profissional a levou a dar passos rumo ao mercado de comunicação até a liderança da instituição de ensino. E foi instruída pelo foco e disciplina que o ballet pede que ela criou uma narrativa de equilíbrio nos mais de 30 anos em que divide a vida pessoal com a profissional.

 

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OS PRIMEIROS PASSOS

 

Aos quatro anos, Mônica Orcioli conheceu o ballet, arte a que se dedicou por mais de 20 anos. No papo com o Dicas de Mulher, ela lembra dos aprendizados com a atividade e como isso a influenciou nas decisões futuras. “Muitas profissionais ‘aposentam’ as sapatilhas com 30 anos, e eu queria uma jornada ascendente até que fosse da minha vontade parar. A vida da bailarina tem suas restrições e, neste caminho, outras coisas me seduziram”, relata Orcioli.

 

De todo jeito, os ensinamentos foram além da habilidade de dançar com sapatilhas de ponta, o que já é bem difícil. Segundo Mônica Orcioli, a atividade foi importante para o seu olhar para o mundo, aprendizado sobre a cultura da música, artes plásticas, estética e mais. Com essa bagagem, o lado criativo começou a aparecer.

 

Logo no primeiro trabalho, teve a chance de acompanhar o dia a dia de uma diretora de cinema. Naquele momento, ela entendeu que seu palco seria na arte da comunicação. Por isso, optou por cursar Marketing na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Daí em diante, construiu uma trajetória profissional crescente. Fez carreira nos setores de consumo e serviços, voltado ao segmento premium e, com 30 anos de atuação, seu currículo comprova que escolheu o caminho certo. Orcioli tem MBA pela Pittsburgh University e títulos em instituições globais, como Harvard University, Stanford University, Hult Business School e Singularity University. Além disso, a profissional é membro do Conselho Consultivo da AACD, membro do Conselho Consultivo da Universidade São Judas e mentora do Quintessa, ecossistemas de soluções empreendedoras e inovadoras para os desafios sociais e ambientais centrais da sociedade.

 

O trabalho também trouxe à tona a mulher global. Orcioli foi responsável pela chegada das marcas italianas de luxo Missoni e Natuzzi ao Brasil, e foi então que precisou colocar em cena o “jeitinho brasileiro” para fazer os estrangeiros entenderem o mercado nacional. Outro sonho pessoal que a carreira a ajudou a realizar foi viver no Rio de Janeiro, onde liderou o planejamento e o lançamento do Shopping Leblon.

 

A ARTE DE EDUCAR

 

A grande mudança em sua trajetória aconteceu em abril de 2020, quando Orcioli deixou a posição de diretora geral da Swarovski Professional para a América Latina e ingressou na Ânima Comunicação. Em pouco mais de dois anos na instituição de ensino, tornou-se a primeira mulher a assumir a reitoria da Universidade Anhembi Morumbi em 50 anos de fundação.

 

“Eu me sinto privilegiada porque é muito diferente, um turbilhão de emoções. A relação com os alunos tem que ser de confiança. Não é um produto, tem que estar junto com eles no projeto de vida, explorar o melhor de cada um, mostrar as possibilidades, construir a jornada, sermos verdadeiros mentores e potencializar os estudantes”, conta a executiva.

 

Ela declara que esse é o maior desafio profissional, já que afirma ter tido a coragem de sair de uma posição de CEO. “Tinha a necessidade de poder contribuir mais para a construção do país e dos jovens. Sabemos que só a educação vai mudar o país”, reflete.

 

Na Ânima, ela atua como presidente dos Conselhos Consultivos da Universidade São Judas e da Universidade Anhembi Morumbi e, durante a sua gestão como reitora, respondeu por mais de 20 campi no estado de São Paulo, em que fazia questão de aparecer de surpresa nas instituições. “Pelo menos três vezes por semana, eu visitava uma unidade diferente. A prestação de serviço de uma universidade é a relação humana. Essa escuta constante é bacana, sentir o ambiente e estar presente fazem diferença na administração e nas decisões”, conta. Orcioli tem como modelo mental de atuação o foco no como e de que forma vai sensibilizar os stakeholders com credibilidade para construir grandes negócios e marcas com solidez.

 

 

A EQUILIBRISTA

 

Segundo o dicionário, equilíbrio é definido como a posição estável de um corpo, sem oscilações ou desvios. E a dedicação ao ballet ajudou Orcioli a conquistar sua estabilidade. As relações pessoais e profissionais sempre caminharam lado a lado, e esse pode ser considerado o clímax (como é chamado o momento de maior atenção dos espetáculos) de sua vida.

 

Com três filhos, ela sempre contou com uma rede de apoio. “Não cheguei aqui sozinha, não me intimidava ao perceber que não ia dar conta no âmbito familiar”, explica a ex-reitora, que ressalta a necessidade de dividir as responsabilidades. “Nosso mundo só vai mudar quando os homens entenderem que eles têm compromisso no desenvolvimento da sociedade e assumirem a educação dos filhos, tarefas domésticas, compreenderem que não é um favor e que seu papel dentro da família vai além do financeiro. Estamos falando do operacional e inspiracional, não tragam só para vocês essa obrigação, ela não é só sua.”

 

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E como todos os caminhos se cruzam na vida da executiva, durante uma temporada na Itália a trabalho, ela encontrou tempo para se reconectar com suas raízes. Foi então que achou uma raridade: o diário escrito por seu tataravô, datado de 1870 e com 600 páginas. Agora, ela quer reescrever essa história para dividir com o mundo e seguir ao encontro de seus propósitos com passos firmes, mas sem perder a delicadeza. 

 

Fonte: Dicas de Mulher

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