Investigadores do Ministério Público têm provas, inclusive vídeos, de que ex-assessor realizou os pagamentos. Queiroz foi preso nesta quinta, no processo das
A investigação que levou à prisão, nesta quinta-feira (18), de Fabrício Queiroz, revela que o ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagou mensalidades das filhas do hoje senador – na época deputado estadual.
Segundo apurou a TV Globo, o cruzamento de vídeos com outros indícios – datas, horários e valores – comprovam que Queiroz realizou os pagamentos no banco.
Queiroz foi assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e é investigado e teve a prisão preventiva decretada por suspeita de participação em um esquema esquema de "rachadinha". Segundo a investigação, funcionários de Flávio, então deputado estadual, devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e através do investimento em imóveis.
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O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que a arrecadação do salário dos servidores do gabinete chegava até o próprio parlamentar.
Os investigadores acreditam que Queiroz era uma espécie de operador financeiro de Flávio Bolsonaro, que nega qualquer irregularidade.
Queiroz é amigo da família Bolsonaro desde a década de 80 e e foi chefe de gabinete de Flávio na Alerj. Ele trabalhou com o então deputado até ser exonerado em outubro de 2018, época da eleição presidencial de Jair Bolsonaro.
Movimentação de R$ 1,2 milhão em 2016 e 2017
O procedimento investigatório criminal do Ministério Público Estadual do RJ que apura as irregularidades envolvendo Queiroz na Alerj chegou a ser suspenso por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, após pedidos de Flávio Bolsonaro em 2019.
As investigações envolvem um relatório do Coaf, que apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj. Recursos usados para pagar funcionários na Alerj voltavam para os próprios deputados estaduais.
A movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz ocorreu, segundo as investigações, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, incluindo depósitos e saques.
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Queiroz foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
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Na quarta-feira, Wassef estava no Palácio do Planalto, na cerimônia de posse do ministro das Comunicações.
G1