Atriz celebra a nova reprise na Globo da novela que considera um fenômeno e na qual interpreta Estela, que se comunica com a irmã, Diná, por telepatia e pressente a perda dela
Sucesso da teledramaturgia nacional, "A viagem", de autoria de Ivani Ribeiro, voltou a ser reprisada nesta segunda-feira (12) nas tardes da TV Globo, deixando os noveleiros empolgados. Na trama que fala sobre vida após a morte, Lucinha Lins interpreta Estela, que tem uma forte conexão com Diná (Christiane Torloni). Ela se comunica com a irmã por telepatia e pressente a sua passagem para outro plano, espiritual.
— Esse sentimento das irmãs Toledo é muito forte — relembra Lucinha, em entrevista ao EXTRA, contando sobre como exerce a sua espiritualidade: — Eu fui criada na religião católica. Estudei em colégio de freiras, fiz primeira comunhão e tudo mais. Tenho crença em Deus, sou uma pessoa de fé. Sou daquelas pessoas que acreditam que a fé remove problemas, mas não tenho nenhuma religião determinada.
A atriz diz que se identifica com o Budismo e que já participou de alguns estudos sobre Jesus Cristo:
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— Ele é um avatar incrível que passou por este planeta. Estar ligada ao cosmos é o que me fortalece. Acho que Deus é uma necessidade dentro de todos nós. Ele é meu amigo, meu irmão camarada, não tenho a menor dúvida disso.
Lucinha celebra "A viagem" — remake da telenovela homônima transmitida originalmente entre 1975 e 1976 pela Rede Tupi —, exibida pela Globo em 1994, como um dos trabalhos de sua carreira que mais lhe dão orgulho. E ainda se surpreende a cada vez que uma reprise da novela é anunciada:
— Contando com o (canal) Viva, que reprisou no ano passado, eu tenho a impressão de que esta deve ser a décima vez que a novela volta ao ar (foram seis, na verdade). E cada vez que reprisa, envolve multidões que sequer tinham nascido quando ela aconteceu. É um fenômeno maravilhoso, um trabalho lindo na minha vida. Tive muita sorte em fazer parte desta produção e de tantas outras que consegui fazer bem feitas. Aprendi muito, sou muito agradecida a gente com mais experiência que eu, que teve paciência comigo, que me deu a mão.
Assim como Estela, Lucinha confidencia que desenvolveu sensibilidades e passou por experiências espirituais:
— Mas prefiro não falar sobre isso, se me permite. É muito particular.
Aos 72 anos de idade, ela conta que vem refletindo sobre a finitude há duas décadas:
Fotos: Reprodução
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— A primeira vez que eu pensei em morte foi aos 55. Foi quando eu me tornei avó e, ao mesmo tempo, perdi uma prima- irmã da minha idade. Era mais irmã do que prima pra mim. Pensei: "Caramba, eu já vivi, talvez, mais do que 50% da minha vida inteira. Entrei na fase do "estou mais para lá do que para cá'". Aí, primeiro você fica arrasada, assustada, triste, melancólica. Mas tem uma hora em que você desperta: "Por que eu estou triste? Estou viva, inteira, funcionando, trabalhando O que mudou à minha volta? Absolutamente nada". E aí a vida seguiu. E segue.
Fonte: Extra