*Por Xico Nery, correspodente do "PORTAL DO ZACARIAS" no interior do Amazonas - Há muito esquecidos nos lugares mais distantes do Estado, pacientes com transtornos mentais podem estar com problemas para continuar com o tratamento adequado ainda não oferecido plenamente nas redes de atenção básica mantidas pelo Ministério da Saúde (MS) nos municípios amazonenses.
Em giro por cidades do interior, o "PORTAL DO ZACARIAS" constatou parte das denúncias recebidas "com espanto" por profissionais capacitados para ministrar os tratamentos em ambientes exigidos pela Legislação e órgãos de controle, sobretudo no âmbito federal.
Cidades das micro e mesorregiões dos rios Madeira e Purus, o leque das denúncias apontam para falta de quadro de profissionais, entre os quais psicólogos, terapeutas e enfermeiros e criticam locais de atendimento sem a devida infraetrutura exigida pelo Ministério da Saúde (MS).
Veja também
Em Humaitá, a cerca de 640 quilômetros da de Manaus, recente fiscalização do Conselho Regional de Piscologia do Amazonas (CRP-AM) comprovou algumas irregularidades, como prédio inadequado e falta de equipamentos, chegando ainda na escassez de remédios e medicamentos, sobretudo os "chamados excepcionais".
Um relatório elaborado entre o Conselho e a Secretaria Municipal de Saúde (SemsaA-Humaitá) continua sob sigilo, garantiu uma servidora cujo marido é um vereador da basse aliada do prefeito Dedei Lobo.
Os programas de atenção à "Saúde Mental de A a Z" na cidade conhecida como a "Terra da Mangaba" e do vice-presidente Hamilton Mourão (RP-RS), "naõ são das melhores da Calha do Rio Madeira".
Pacientes, sobretudo idosos e jovens com problemas de drogadição, moradores da periferia e vindos das localidades do interior, "esses, sim, são os maiores sofredores com falta de profissionais e medicamentos'. A maioria gasta muito para ter acesso à medicação.
Nesses casos, segundo denúncias, mesmo com agenda marcada pacientes da periferia e das comunidades distritais de Humaitá têm que rerecorrer a clínicas particulares", queixa-se uma mãe indignada com essa situação ainda não apurada pelas autoridades.
A ausência de um Núcleo de Atenção Ao Cidadão do Ministério Público Federal(MPF-AM) nas cidades pólos do interior amazonense tem facilitado a não apuração de denúncias e reclamatórias geradas pelo cidadão comum aos órgãos de controle.
No interior do Estado, sabe-se, contudo, que há penas um Núcleo do MPF em Tabatinga, na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia. Lá, a população conta cum uma Delegacia de Fronteira da Polícia Federal, o que facilita a apuração de casos envolvendo má gestão da saúde pública, crimes do colarinho branco (lavagem de dinheiro), contrabando, tráfico de drogas, mineração e extração ilegal de minérios e outros ilícitos penais.
Mas a suposta má gestão na prestação de serviços aos cidadãos amazonenses no inetrior do Estado não se resume apenas à questão de saúde mental ou coeltiva, não. Segundo depoimentos colhidos pelo "PORTAL DO ZAZARIAS" nas cidades da Calha do Rio Purus (Lábrea, Canutama, Taupauá, Boca do Acre e Beruri), usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), em Lábrea e Canutama, por exemplo, amargam desassistência gravíssima logo no primeiro atendimento - o de emergência.
Em Lábrea, classificada como "cidade pólo" da Calha do Rio Purus, falta de remédio excepcional (de uso contínuo), bisturi e de pós-operatório, além de soro antiofídico.
FANTASMA GANHA SEM TRABALHAR
De lá (Lábrea), vem a informação de que um enfermeiro contratado pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) nunca ocupou o posto. Ele vive em Manaus sem trabalhar, e se agarrou no cargo porque seria indicação da cota atribuída ao deputado Átila Lins (PSD), compadre do prefeito Gean Barros Filho (MDB) - que o chama de "Imperador do Purus".
O enfermeiro é da linhagem do clã dos Galvão, um grupo político muito forte na região e que teria outros parentes e aliados encrustados em cargos na Câmara, Prefeitura e em órgãos federais sediados na região.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram
Essa indígena do Povo Paumari teve que migrar para Porto Velho
pra ter atendimentofora de Labrea, mas não resistiu e acabou
falecendo por não ter condições de rever tratamento
adequado na rede municipal (Foto: Divulgação)