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Carnaval 2020
07/02/2020

Tapa-teta rasga rótulos e ganha força no carnaval de rua de 2020

Foto: Divulgação

Adriana Azevedo e Roberta Rodrigues criam peças de tapa-teta no carnaval do Rio

Estrela, arco-íris, concha de sereia, pirulito, naipe de cartas, diabinha, flor e até cupacake... A criatividade parece não ter limites e encontra foliãs de peito aberto para uma das tendências mais fortes neste carnaval de rua: o uso do tapa-teta.

 

Também chamado de tapa-mamilo, tapa-peito, tapa-seio, nipple tassels e nipple pasties, o acessório tem conquistado artistas como Anitta, Paola Oliveira e Cleo Pires, além de ditar moda até em festas luxuosas.

 

No Rio de Janeiro, artesãs que abusam da criatividade para fazer os mais variados adornos planejam, enfim, estourar a "bolha carnavalesca".

 

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– A ideia é sair desse público que fica muito voltado para a Zona Sul e os blocos do Centro. Seria ótimo se as manas do Subúrbio, da Zona Oeste e de outros lugares se interessassem também.

 

O tapa-teta tem que atingir todas as pessoas. Quero muito ver meus acessórios sendo usados nos blocos da Zona Norte e da Baixada, será incrível! – diz Roberta Rodrigues, criadora da marca Seja Osada.

 

Anitta usou um tapa-teta no clipe de


Uma das primeiras a desenhar e produzir as peças no Rio, a professora de inglês, de 45 anos, criou o primeiro tapa-teta em 2016. Mas a sua história com o adereço começou em 2004, quando morava em Londres, na Inglaterra, e viu nos famosos festivais que o adorno fazia muito sucesso entre as mulheres. Aos poucos, Roberta virou pesquisadora, criou o próprio estilo baseado em peças de décadas anteriores e passou a inspirar outras "manas", como chama as mulheres:

 

Roberta mostra a novidade da sua produção: tapa-teta de estrela com joia

 

Roberta mostra a novidade da sua produção: tapa-teta de estrela com joia


– O primeiro pastie foi um coração de látex. Quando coloquei, ri. É algo engraçado, não dá para se levar a sério. Eu encaro como um brinquedo, mas algumas pessoas veem como fetiche... O primeiro fiz para mim, com material que sobrou de fantasia, e ali pensei: Isso tem o maior potencial no carnaval. Deu certo e a adesão cresce cada vez mais.

 

Com peças que variam entre R$ 40 e R$ 120, a Seja Osada virou referência nas redes sociais com vendas para todo o Brasil. Mas é possível comprá-las também nos blocos, já que Roberta adaptou um baleiro portátil.

 

Inspiração para novas artesãs


A sensação de liberdade e o fato de as mulheres ditarem as regras dos próprios corpos são alguns dos fatores que incentivaram Adriana Azevedo a entrar neste mundo. A autônoma, de 38 anos, comprou o primeiro tapa-teta na Seja Osada e relutou em usá-lo, mas sentiu-se livre no momento em que se viu no espelho.

 

Adriana Azevedo gosta de usar seus tapa-tetas com uma blusa ou vestido transparente

 

Adriana Azevedo gosta de usar seus tapa-tetas com uma blusa ou vestido transparente


Em 2018, Adriana criou a Pantera Carnavalesca e começou a fazer os próprios acessórios com temática divertida. Com um "detalhe": não tapam apenas os mamilos, mas os seios inteiros. Assim, mais manas se sentiram à vontade por conseguirem usar as peças com blusas e vestidos transparentes. Nascia, assim, um look para festas e eventos fora do carnaval.

 

– As mulheres precisam dessa corrente, fazer a liberação do corpo feminino. Relutei muito, porque vivemos em uma sociedade machista, com esse patriarcado... Isso choca. Muitas querem usar, mas têm vergonha, acham que vão se sentir peladas, desprotegidas. Foi aí que criei os paties maiores para colocar com blusa ou vestido. Eu sei que muitas não querem só tapar os mamilos, querem tapar tudo – conta a autônoma, que já ouviu até pessoas falarem que a exibiçao de seios pode traumatizar as crianças: – Isso não existe. A primeira parte do corpo que uma criança vê quando nasce é o peito da mãe.

 

Tapa-teta com pérolas, por Adriana Azevedo (@panteracarnavalesca)

Fotos: Reprodução


As peças de Adriana são feitas com EVA, um material facilmente encontrado em lojas da Saara, no Centro do Rio. Os adereços têm valores bem acessíveis, entre R$ 20 e R$ 50.

 

– Os preços são colaborativos, a pessoa escolhe quanto vai pagar – explica.

 

COMO COLAR?


Tem que estar com os seios bem limpos. Se você não tiver acabado de sair do banho – banho é sempre recomendável –, limpe o local com um algodão embebido em álcool.


Não pode usar hidratante.


Cole os adesivos dupla-face na borda dos tapa-tetas. Quanto mais na borda, melhor.


Pode usar cola de cílios ou de peruca.


Quando estiver pronta para colocar seu tapa-teta, retire a fita e pressione sobre o seio.


Não coloque adesivos no centro do tapa-teta, para não colar o mamilo.


COMO DESCOLAR?


Puxe o tapa-teta sempre pelas bordas, com carinho.


Nunca puxe pelo pingente.


COMO GUARDAR?


O tapa-teta foi feito para durar vários carnavais, mas precisa ser bem cuidado.


Depois da folia, guarde seus pasties um contra o outro, de conchinha. Isso é para a cola não grudar no pingente e nem na lantejoula.


Não tem problema ficar com o adesivo velho.


Guarde em uma caixinha ou em um saquinho.


O importante é nunca lavar na máquina e nem deixar de molho.

 

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E SE CAIR NO BLOCO?


É recomendado levar na bolsinha um adesivo extra ou uma cola de cílios (de preferência à prova d’água).

 

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