Após troca de prisioneiros, Kiev pressiona por encontro direto entre Zelensky e Putin, buscando avançar em um acordo de cessar-fogo
As negociações entre o governo ucraniano e russo ganharam um novo capítulo nesta sexta-feira (16/5). Após as delegações dos países realizarem a primeira rodada de negociações diretas desde 2022, em Istambul, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, destacou que o próximo objetivo é promover uma reunião entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.
“Nosso presidente esperava discussões de alto nível aqui, e acredito que o próximo passo seria organizar uma reunião entre os líderes”, afirmou Umerov a repórteres em Istambul.
Mais cedo, o encontro resultou em um acordo para a troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado, marcando o maior intercâmbio desde o início da guerra.
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O primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, reforçou a importância de um encontro direto entre os líderes, ressaltando que muitas questões só podem ser resolvidas por Putin.
“Há muitas questões que podem ser resolvidas se os líderes se reunirem, porque, dada a complexidade das questões e a natureza da Federação Russa, onde praticamente todas as questões em jogo só podem ser resolvidas pelo Presidente (Vladimir) Putin. Estamos ansiosos para realizar a cúpula o mais breve possível”, declarou Kyslytsya.
Durante as negociações, a Ucrânia propôs um cessar-fogo de 30 dias, mas a Rússia rejeitou a proposta, mantendo exigências que incluem o controle de quatro regiões ucranianas: Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk. A delegação russa foi liderada por Vladimir Medinsky, ex-ministro da Cultura e conselheiro do Kremlin, o que foi interpretado por Kiev como sinal de falta de comprometimento de Moscou com um acordo real.
Zelensky criticou a ausência de Putin nas negociações, acusando o líder russo de ter enviado um “elenco de figuração” para conduzir os diálogos.
“Precisamos entender o nível da delegação russa e qual é sua competência, se eles são capazes de tomar decisões por conta própria. Pelo que vemos, parece mais uma figuração”, declarou o ucraniano.
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Líderes ocidentais, incluindo o presidente norte-americano, Donald Trump, e os chefes de governo do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia, expressaram apoio à Ucrânia e consideram inaceitável a posição russa. Há discussões sobre a imposição de novas sanções a Moscou caso não haja progresso nas negociações.
Fonte: Metrópoles